O MT abriga cerca de 43 mil propriedades voltadas ao turismo rural, consolidando o segmento como parte relevante da economia estadual. Esses locais oferecem hospedagem, alimentação típica, trilhas ecológicas e atividades agropecuárias, sempre com foco em sustentabilidade e na preservação da cultura local.
Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), aproximadamente 46% dessas propriedades são ligadas à agricultura familiar, envolvendo comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e assentados. A região do Pantanal se destaca pela concentração de ofertas diversificadas, atraindo visitantes em busca de experiências autênticas.
Empreendedores locais reforçam que o turismo rural exige dedicação. Em Tangará da Serra, uma produtora relata que, mesmo sendo uma renda complementar, consegue em média dois mil reais mensais, reinvestindo tudo no negócio. Em Santo Antônio de Leverger, outra empreendedora explica que o projeto nasceu para atender à demanda da comunidade por natureza e trilhas estruturadas, transformando uma carência em oportunidade de desenvolvimento local.
Para formalizar a atividade, os interessados devem seguir normas específicas. Regulamentado no país desde 2004, o segmento é amparado em Mato Grosso por leis estaduais como a nº 8.965/2008 e a nº 12.886/2025, que fortalecem o turismo rural e outros segmentos como o religioso e o cicloturismo. Instituições públicas oferecem suporte técnico para diagnóstico e elaboração de planos de ação, fundamentais para transformar visitas informais em empreendimentos estruturados.