Trabalhador morre após queda de telhado em Juína nesta quinta-feira

Homem de 47 anos caiu enquanto fazia manutenção em uma cobertura na Avenida Joinville, em Juína. O Samu foi acionado, mas ele não resistiu.

Fonte: CenárioMT

Trabalhador morre após queda de telhado em Juína nesta quinta-feira
Foto: Secom-MT

Nos últimos cinco anos, acidentes de trabalho com queda em altura cresceram 18% em Mato Grosso, segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho. A estatística ganha novo peso após a morte de Helton Robson Friori Marques, 47 anos, ocorrida na tarde de quinta-feira (16), em Juína, no noroeste do estado.

O trabalhador realizava serviços de manutenção em um telhado na Avenida Joinville quando perdeu o equilíbrio e caiu de uma altura considerável. O impacto foi tão forte que colegas acionaram imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, mesmo com o socorro rápido, Helton não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

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Conforme informações da Polícia Civil, a equipe foi chamada por volta das 15h para a liberação do corpo e início das investigações. O local foi isolado até a chegada da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsável pela análise técnica da cena. Após o trabalho pericial, o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de necropsia.

Segurança no trabalho ainda é desafio

Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho apontam que, somente em 2024, o Brasil registrou mais de 2.700 mortes relacionadas a acidentes ocupacionais. Em Mato Grosso, as quedas representam cerca de 22% das ocorrências fatais, um índice acima da média nacional. Em cidades médias, como Juína, a informalidade agrava o risco: muitos trabalhadores atuam sem equipamentos adequados de proteção individual.

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Especialistas reforçam que quedas em altura são evitáveis com o uso correto de cintos de segurança, linhas de vida e capacitação preventiva. Em 2023, o Ministério do Trabalho intensificou fiscalizações em obras e galpões no interior do estado, mas ainda há resistência de pequenas empresas em adotar protocolos rígidos de segurança.

Investigação e próximos passos

De acordo com informações preliminares, Helton prestava serviço autônomo e não há confirmação se o ambiente estava devidamente sinalizado ou com as medidas de proteção exigidas pela Norma Regulamentadora nº 35, que trata do trabalho em altura. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da queda e eventuais responsabilidades.

Casos como o de Helton reforçam a importância de denúncias anônimas quando há negligência de segurança em locais de trabalho. Situações de risco podem ser comunicadas ao Ministério do Trabalho pelo canal 158 ou pelo aplicativo de denúncias do governo federal.

As informações foram confirmadas pela assessoria da Polícia Civil de Juína.

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