A Polícia Civil prendeu um homem de 33 anos suspeito de envolvimento no assassinato do radialista Leonil Pereira de Campos Assunção, conhecido como Léo Coutinho, ocorrido no dia 8 de junho em Mato Grosso. A prisão foi realizada nesta segunda-feira (16) no município de Vila Bela da Santíssima Trindade.
Natural de Cáceres, o comunicador foi encontrado morto próximo à residência onde morava há quatro meses, no centro da cidade, com marcas de disparo de arma de fogo.
De acordo com o delegado João Paulo Berté, responsável pelo caso, a motivação do crime está ligada a dívidas relacionadas ao tráfico de drogas e à prática conhecida como “cabritagem”, que consiste na revenda de entorpecentes, muitas vezes adulterando quantidade ou qualidade.
As investigações levaram a Polícia Civil a monitorar o bairro Aeroporto, onde receberam informações de que o suspeito estaria nas proximidades de um bar. Por volta das 16h, ele foi localizado em uma via pública. Ao perceber a presença policial, tentou fugir, mas foi capturado próximo a uma oficina mecânica.
Na abordagem, os policiais encontraram uma pistola calibre .40 com dez munições intactas e um molho de chaves. Durante o interrogatório, o suspeito revelou que possuía dois imóveis utilizados como apoio para atividades criminosas: um sítio na BR 174-B, km 76.5, e uma quitinete no bairro Aeroporto.
No sítio, foi localizada uma espingarda calibre 5.5 e uma munição calibre .38. Já na quitinete, os policiais encontraram diversos objetos relacionados ao tráfico, incluindo uma motocicleta Honda CG 160 Fan preta, supostamente usada no homicídio do radialista.
Na residência, também foram apreendidos cerca de 300g de maconha, 130g de crack, 18 porções de crack embaladas, aproximadamente 40g de cocaína, além de cerca de 1.000 eppendorfs (pinos para embalagem de cocaína), 300 sacos zip, um dichavador, uma balança de precisão, um revólver calibre .38 com 27 munições intactas, dois celulares, R$ 131 em dinheiro, três botijões de gás e outro molho de chaves.
Toda a ação foi realizada com autorização do próprio suspeito, que acompanhou os policiais durante as buscas, sem necessidade de arrombamento ou violação de domicílio, em conformidade com o artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal e a jurisprudência do STJ.
Posteriormente, o investigado indicou mais um endereço supostamente utilizado pela facção criminosa, mas, após buscas no local, nada de ilícito foi encontrado.
O flagrante foi formalizado e o homem permanece à disposição da Justiça.