O coordenador de Vigilância Ambiental, Júnior Antônio de Barros, pontua que em relação ao mesmo período de 2020, neste ano Sorriso registrou 156 casos a menos – em 2020 foram 390 de janeiro a março; contudo, são cinco casos a mais de dengue com sinais de alerta e um de dengue grave. No mesmo período de 2020, foram 16 registros de dengue com sinais de alerta e nenhum grave. “Esse aumento de casos com sintomas mais graves tem nos preocupado muito”, pontua Júnior. “Por isso, salientamos mais uma vez a importância da população nos auxiliar mantendo os ambientes limpos”, frisa.

Júnior acrescenta que o cuidado para evitar criadouros do Aedes aegypti, é uma preocupação constante da Secretaria de Saúde e Saneamento. “Estamos atentos o ano todo e não somente nos meses chuvosos; precisamos que a população também compactue com isso e nos auxilie tanto na época de chuvas quanto de estiagem”, diz.

O coordenador salienta que hoje os bairros com maior índice larvário são o Jardim Carolina, São José, Benjamin Raizer, Taiamã, Pinheiros I e II e Santa Maria I e II, todos com índice larvário acima de 8%. O recomendado pelo Ministério da Saúde é que esse fator fique em torno de 1%. “Nesses pontos estamos encontrando o maior índice larvário, porém destacamos que toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos”, pontua.

[Continua depois da Publicidade]

Entre os principais pontos com larvas, estão as plantas. “Registramos muitas larvas em vasos de flores”, alerta Júnior. Por isso, a equipe solicita que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra o coordenador. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

Hoje, 35 agentes de combate à endemias atuam no Departamento de Vigilância, 31 deles diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.

Uso de inseticida

Júnior pontua que o Departamento tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do município. Porém, o coordenador destaca que há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS. O coordenador pontua ainda que “o veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”, explica.

O coordenador completa ainda que quando há confirmação de ou suspeitas de casos de dengue, o inseticida é imediatamente aplicado em todo o quarteirão do local de suspeita ou confirmação.