Um grupo de 40 mulheres privadas de liberdade nas unidades prisionais de Cáceres e Nortelândia, em Mato Grosso, concluiu recentemente um curso profissionalizante em confeitaria. A capacitação integra uma política estadual de reinserção social e visa preparar as reeducandas para o mercado de trabalho, além de incentivar o empreendedorismo como alternativa de renda e autonomia financeira.
O curso foi realizado dentro das unidades prisionais, com aulas 100% práticas, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A iniciativa faz parte de um programa estadual voltado à qualificação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Durante as aulas, as participantes aprenderam técnicas de preparo de bolos decorados, tortas, biscoitos, cupcakes, recheios, além de normas de higiene, segurança alimentar, manuseio de ingredientes e trabalho em equipe. Em Nortelândia, o curso incluiu também a produção de pães e doces para festas, ampliando ainda mais o repertório técnico das alunas.
Segundo a coordenação das unidades, a formação profissional tem impacto direto na autoestima e na perspectiva de futuro das custodiadas, contribuindo para que elas vislumbrem novas possibilidades durante e após o cumprimento da pena. Em 2023, mais de 3 mil pessoas privadas de liberdade foram qualificadas em diferentes áreas dentro do sistema penitenciário de Mato Grosso.
Além de ampliar o acesso ao conhecimento, a ação estimula o empreendedorismo como um caminho viável para a ressocialização e a inclusão social, reforçando o papel das políticas públicas que combinam capacitação técnica com estratégias de reabilitação.
