O reforço possibilitou que além de produtos indispensáveis como o arroz e feijão, essas crianças também tivesse acesso a um reforço especial: os alimentos frescos, produzidos pela rede da agricultura familiar sorrisense, o que garantiu que frutas e legumes estejam no dia-a-dia das crianças. Há um ano, essa distribuição tem sido mensal e com todos os cuidados protetivos para evitar filas e aglomerações. Para isso, desde abril de 2020, as unidades escolares estão entrando em contato direto com os contemplados para agendar data e horário de entrega.

Todo o trabalho, pontua a secretária de Educação e Cultura, Lúcia Drechsler, conta com o apoio direto da Secretaria Municipal de Assistência Social, pois a recomendação é que o kit alimentação seja entregue às famílias em situação de vulnerabilidade social cujos filhos estão com o cadastro atualizado na Secretaria Municipal de Assistência Social. Lúcia salienta que para retirar o kit é necessário que o responsável tenha em mãos o cartão do bolsa família e um documento pessoal da criança contemplada.

Mas a parceria entre a Educação e Cultura e a Assistência Social vai além. Desde o dia 02 de junho do ano passado, 180 famílias sorrisenses contam com uma mesa mais saudável. Isso porque elas integram o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que também oferta alimentos fresquinhos e produzidos por mãos da agricultura familiar sorrisense, propiciando uma “Mesa Saudável”. Conforme a gestora da pasta de Assistência Social, Jucélia Ferro, até o momento, já foram distribuídas 40 toneladas de alimentos pelo Mesa Saudável que conta ainda com a parceira da equipe da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, responsável pelo cadastro r busca ativa dos produtores rurais.

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 “Muitas das famílias assistidas pelo Mesa Saudável tem filhos em idade escolar e enfrentam situação de vulnerabilidade, então automaticamente, uma ação reforça a outra e oferta mais e melhores condições de alimentação a essas famílias”, ressalta Jucélia. Até o momento, a Assistência já investiu R$ 117.282,67 na aquisição e distribuição de alimentos fresquinhos.

 

Mais parcerias e mais qualidade de vida

A preocupação com os cuidados dessas crianças e famílias não se atém só a alimentação. O carinho e assistência permanente vão além. Prova disso é outra ação em conjunto: a fábrica de máscaras desenvolvida pela Assistência Social que contou com o apoio da Educação e Cultura. Para isso, foi usado o espaço da Escola Municipal Ivete Lourdes Arenhardt durante o período das aulas remotas e várias colaboradoras da Prefeitura Municipal atenderam a um chamado especial: costurar máscaras para ser doadas à famílias de baixa renda. O tecido foi fruto de doações por parte da sociedade organizada e assim, mais de 60 mil máscaras foram costuradas e distribuídas.

 

Retorno às atividades escolares

O cuidado também está presente em todos os detalhes no retorno às atividades escolares e inicia ainda no portão da escola: todo aluno precisa passar pelo tapete de pedilúvio, tem aferida sua temperatura e tem a mochila e mãos higienizadas com álcool 70º para só então entrar no espaço escolar. Para garantir essas ações foram adquiridos 150 termômetros digitais com o investimento de R$ 18.750,00; também foram licitadas e adquiridas 10 mil máscaras para distribuição aos professores, investindo R$ 33.900,00.

Agora se o cuidado já tem início no portão, de forma nenhuma pôde-se relaxar em sala, lembra a responsável pela Semec, Lúcia Drechsler. “Estamos trabalhando com duas modalidades de ensino hoje: as aulas remotas para as crianças cujas famílias realizaram essa opção e as aulas presenciais”, diz Lúcia. No caso das aulas presenciais, o sistema é de revezamento garantindo que em cada sala estejam no máximo dez crianças. “É um sistema de bolhas, assim, se identificarmos um caso positivo, automaticamente fechamos a bolha em questão”, explica.

Lúcia acrescenta ainda o acompanhamento constante em relação a casos suspeitos e ativos. A secretária ressalta que desde o retorno escolar, esse acompanhamento é diário. “Iniciamos no dia 8 de fevereiro de forma escalonada; após isso paramos por dez dias por recomendação estadual e retornamos no dia 4 de abril; desde então tivemos 13 casos positivos em um universo de 15,3 mil alunos e 1,8 servidores entre professores, secretários, diretores, estagiários e cooperados. Imediatamente quem positivou ou está com suspeita, é afastado”, salienta. Do total de 13 pessoas, 8 são professores, dois cooperados e três alunos. Alguns já terminaram o período de quarentena e retornaram às atividades normais. Hoje, nove pessoas aguardam o resultado do exame.

“Nossa vigilância é constante. Dentro do espaço escolar cuidamos dos estudantes e profissionais como um todo. Nossa meta é ensinar com amor, ludicidade e atenção ao enfrentamento de todas as dificuldades dos dias atuais com a expectativa de dias melhores em um futuro próximo para todos”, finaliza Lúcia.