Plano de expansão de escolas cívico-militares em Mato Grosso gera debate sobre modelo e constitucionalidade

Fonte: CENÁRIOMT

Plano de expansão de escolas cívico-militares em Mato Grosso gera debate sobre modelo e constitucionalidade
Plano de expansão de escolas cívico-militares em Mato Grosso gera debate sobre modelo e constitucionalidade Foto: Alexandre Campbell/IMPA

O governo de Mato Grosso planeja expandir significativamente o número de escolas estaduais que adotam o modelo cívico-militar, com a possível incorporação de mais 28 unidades em 22 municípios. Essa expansão, que inclui quatro escolas em Cuiabá e três em Várzea Grande, faz parte da meta estadual de alcançar 100 escolas nesse formato até 2026. Atualmente, 33 das 628 escolas da rede já operam sob essa gestão compartilhada, além das 29 escolas militares já existentes.

Para implementar essa expansão, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) lançou um edital de consulta pública para o modelo cívico-militar. Este modelo envolve a atuação de militares da reserva em aspectos disciplinares e no apoio à administração, enquanto a responsabilidade pedagógica e a gestão geral permanecem com profissionais civis da Seduc. O corpo docente e o material didático das escolas regulares são mantidos.

Essa iniciativa tem gerado reações diversas. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) questiona a constitucionalidade da medida, argumentando que ela representa um retrocesso para a educação pública no estado e restringe princípios constitucionais como o pluralismo de ideias.

A comunidade escolar e especialistas em educação também expressam preocupações com o modelo. O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, critica o que ele considera um desvio da função da Polícia Militar e a ausência de consulta aos profissionais da educação sobre essas mudanças.

Professores de escolas selecionadas também manifestam estranheza com a decisão. Um professor de Várzea Grande, Gilliard Hortência, de uma escola que será transformada, aponta uma inconsistência com o argumento anterior da Seduc de priorizar unidades em áreas de maior vulnerabilidade.

Ele sugere que a escolha parece favorecer escolas com boa infraestrutura ou em reforma, em vez daquelas com reais necessidades de investimento.

Além disso, ele expressa preocupação com a ideia de que um modelo único possa solucionar os complexos desafios da educação, defendendo a importância de um ambiente escolar plural e diversificado para a formação dos estudantes.

No cenário educacional de Mato Grosso, além do modelo cívico-militar em expansão, já existem 29 escolas militares tradicionais. Destas, 24 são unidades da Escola Estadual Militar Tiradentes, administradas pela Polícia Militar, e cinco são da Escola Dom Pedro II, sob a gestão do Corpo de Bombeiros. Nessas instituições, a administração é totalmente militar, embora o conteúdo pedagógico siga as diretrizes estabelecidas pela Seduc.

Espero que esta versão seja significativamente diferente do original, mantendo a precisão dos fatos.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!