A Secretaria de Justiça de Mato Grosso realizou 267 operações entre janeiro e abril deste ano nas 41 unidades prisionais do estado, com foco na remoção de itens ilícitos e reforço da segurança interna. Como resultado, foram apreendidos cerca de 2 mil celulares, além de 801 chips, 151 armas artesanais, 803 carregadores e 3.200 porções de drogas.
As ações fazem parte do programa Tolerância Zero, iniciado junto à criação da atual estrutura da Secretaria. Segundo balanço oficial, o trabalho contínuo da Polícia Penal tem dificultado o acesso de materiais ilegais nas celas e contribuído para o enfraquecimento de organizações criminosas.
Os agentes relataram métodos cada vez mais criativos de ocultação dos itens, com celulares sendo encontrados dentro de frascos de produtos de limpeza, calçados e até ingeridos por detentos, exigindo, em um caso, cirurgia emergencial.
Outro desafio tem sido o uso de drones para lançar objetos ilícitos nos presídios. Somente na unidade de Rondonópolis, foram quase 700 celulares apreendidos dessa forma entre 2021 e o início de 2025. Mais de 230 drones foram interceptados nesse período.
Além da repressão, o estado também investe na ampliação de vagas no sistema penitenciário e socioeducativo. A capacidade prisional subiu de pouco mais de 6 mil para mais de 13 mil vagas em quatro anos. No sistema voltado a adolescentes, a expansão chegou a 50%, com novas unidades em Barra do Garças, Rondonópolis e Sinop, além de ampliações em Cuiabá. Há previsão de construções em Cáceres e Tangará da Serra ainda este ano.
Segundo a pasta, o fortalecimento estrutural e tecnológico tem permitido melhores condições de trabalho para os servidores e um ambiente mais seguro para a execução das medidas legais.
