Mesmo após Justiça proibir, SES-MT pede retirada de leitos Covid-19 em hospital

Fonte: TV Centro América

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A Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) notificou, na tarde de sexta-feira (14), a direção da empresa Goiana de Terapia Intensiva, que administra os 10 leitos de uti na ala Covid-19 do Hospital Regional de Sinop.

A empresa agora, precisa retirar, num prazo de 48 horas, a estrutura dos leitos montada na unidade de saúde. Na quarta-feira (12), a Justiça de Mato Grosso determinou que a ala não seja fechada pelo governo do estado, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

O ofício encaminhado pelo governo do estado à empresa que administra o hospital regional pede a imediata suspensão dos serviços prestados e estipula um prazo de até 48 horas para que seja feita a desocupação do prédio.

De acordo com o documento, a SES afirma que a notificação não descumpre a decisão judicial que obriga o estado a manter a disponibilização dos dez leitos de uti no hospital.

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Porém, esses serviços passarão a ser prestados por outra empresa que já foi contratada para administrar a ala.

Na sexta-feira os leitos estavam sendo desmontados, no entanto, só devem iniciar a retirada dos equipamentos do local na segunda-feira (17), em horário comercial, como estabelece o ofício.

Em nota, a Supremecare, filial mato-grossense da Organização Goiana de Terapia Intensiva, disse:

  • Os dez leitos de UTI Covid sob sua gestão estão atualmente desocupados.
  • Sua equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, entre outros profissionais, continuam mobilizados para prestar a melhor assistência médica possível a toda a população de Sinop e região.
  • A ação popular, que obteve liminar favorável na 6ª Vara Cívil de Sinop, pela manutenção dos leitos da OGTI no Hspital Regional de Sinop, está sendo descumprida pelas autoridades do Estado.
  • É notório que pacientes em estado grave estão sendo transferidos da UPA Sinop para Cuiabá, situação que poderia e deveria ser evitada.
  • Acontece que em nenhum momento a empresa foi notificada sobre qualquer falha ou irregularidade nos serviços prestados. Ao contrário, a unidade têm sido uma referência dentro do hospital em questão. Há mais de um ano os profissionais tem desempenhado suas atividades com qualidade e excelência.
  • Sendo assim, a empresa cumpriu de forma adequada todos os ritos da contratação pública.