Médica picada por jararaca diz que renasceu e pede orações para nova cirurgia

Fonte: OLHAR DIRETO

1 179
Foto: Reprodução

A médica Dieyenne Saugo, picada por uma jararaca na cachoeira Serra Azul em Nobres, falou que renasceu após o acidente ofídico. Em publicação no Instagram nesta quarta-feira (9), ela pediu orações para a nova cirurgia que será submetida no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Como vocês já sabem, sofri um acidente ofídico no dia 30/08. Desde então estou hospitalizada e passei por 2 cirurgias. Foram 9 dias na UTI. Tomei o soro antibotrópico 3h após o ocorrido, pois precisei ir até́ o Pronto Socorro de Cuiabá́. Foram 2h de viagem com uma dor quase insuportável e com vômitos em jato que provocaram uma hemorragia digestiva alta”, contou.

Dieyenne lembra que o fim de semana de descanso, aventura e diversão, se tornou desespero, dor, angustia e aflição. “Por que comigo? Não sei! Nunca questionei Deus por isso! Mas uma coisa é certa: Deus está́ operando um milagre em minha vida! Ganhei uma nova data de aniversário: 30/08 – o dia do meu renascimento”, comemorou.

Ao fim da publicação, a médica pede orações para uma nova cirurgia.

[Continua depois da Publicidade]

O caso

Segundo amigos da vítima, a cobra teria caído da parte de cima da cachoeira onde ela estava, em Nobres, dentro da água. Após o acidente no dia 30 de agosto, os amigos socorreram a médica, mas no caminho para uma unidade de saúde, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deparou com eles e finalizou o resgate.

Ainda conforme relato de amigos, a pousada onde eles estavam e a unidade de saúde do município não tinham soro antiofídico. Por conta disso, teve que ser encaminhada para a Capital.

Diyenne foi transferida para São Paulo na última quinta-feira (3), onde passou por uma nova cirurgia na madrugada desta sexta (4), por volta das 3h. Nos stories do Instagram, a irmã da médica contou que o diagnóstico positivo de covid-19 não está comprometendo o tratamento e a cirurgia da fasciotomia não apresentou mais sangramento. Segundo a família, não foi preciso trocar os curativos e o tecido da região aparenta estar preservado, assim como as veias. Uma sonda deve ser colocada para que a médica consiga se alimentar.

A transferência de Dieyne para o hospital foi realizada com um taxi aéreo. Por conta dos custos, a família está promovendo uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 300 mil (Acesse AQUI). Segundo informações da irmã da médica, os leitos em Cuiabá onde haviam profissionais especialistas estão lotados.

Antes da ida para São Paulo, Dieynne recebeu transfusão de sangue. Dieynne estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Complexo Jardim Cuiabá, para onde foi transferida após receber o antídoto para a picada da jararaca, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).