O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) confirmou, na tarde desta segunda-feira (19.5), o resultado negativo no exame laboratorial que investigava uma suspeita de gripe aviária no município de Nova Brasilândia, localizado a cerca de 200 km de Cuiabá.
O material biológico das aves, criadas para subsistência em uma propriedade rural do município, foi coletado e encaminhado para análise em um laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com a confirmação do resultado negativo, Mato Grosso permanece sem registros da doença.
Desde a última sexta-feira (16), o governo estadual, através do Indea, intensificou os protocolos de vigilância sanitária para prevenir a entrada da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em Mato Grosso. Essa medida preventiva foi adotada após a confirmação de um foco da doença em uma granja no estado do Rio Grande do Sul pelo Mapa.
Os protocolos de segurança reforçados incluem um aumento no número de inspeções em propriedades rurais que possuem criações domésticas de aves, além de ações de fiscalização e monitoramento mais rigorosas em granjas comerciais. Adicionalmente, houve um aumento na coleta de amostras de secreções de diversas aves domésticas, como galinhas, patos, gansos e perus, e uma intensificação da fiscalização em barreiras sanitárias para veículos que transportam produtos e animais provenientes da região Sul do país.
A gripe aviária de alta patogenicidade é caracterizada por alta mortalidade nas aves, podendo vir acompanhada de sinais clínicos como manchas avermelhadas ou arroxeadas em cristas e barbelas, lesões nas pernas, dificuldades respiratórias, tosse, espirros, coriza, torcicolo, andar descoordenado e diarreia.
Desde 2023, quando um foco da doença foi confirmado na Bolívia, país vizinho a Mato Grosso, o Indea já havia direcionado seus esforços para prevenir a entrada do vírus no estado. Dados da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal do Indea (CDSA) revelam que, entre janeiro de 2024 e abril de 2025, foram realizadas mais de 15 mil atividades de vigilância baseadas em risco, além de dezenas de visitas de vigilância ativa em granjas comerciais e propriedades com aves para consumo próprio. No mesmo período, foram coletadas milhares de amostras em aves de produção comercial e de subsistência para monitoramento sanitário.