Mato Grosso define período de vazio sanitário da soja para 2025/26

A escolha criteriosa das datas, segundo o Ministério, é fruto de uma análise multifatorial que engloba desde as nuances climáticas regionais até a dinâmica epidemiológica da Ferrugem Asiática.

Fonte: CENÁRIOMT

Foto de plantio de soja, lavoura de soja
Mato Grosso define período de vazio sanitário da soja para 2025/26 Foto: Canva

O agronegócio de Mato Grosso, motor propulsor da economia estadual, acaba de receber as coordenadas para mais uma crucial batalha fitossanitária. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), através da Portaria nº 1.271 publicada nesta segunda-feira (5), estabeleceu o período de 8 de junho a 6 de setembro de 2025 para o vazio sanitário da soja em todo o território de Mato Grosso. A medida profilática, de caráter obrigatório, visa debelar a proliferação da temida Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), patógeno de alto poder destrutivo para a cultura da oleaginosa.

Paralelamente ao estabelecimento do hiato produtivo, o Mapa definiu o calendário de semeadura da soja para a safra 2025/26, que terá início em 7 de setembro de 2025 e se estenderá até 7 de janeiro de 2026. A sincronia entre o vazio sanitário e o período de plantio delineia uma estratégia bem definida para mitigar os riscos fitossanitários e otimizar o desenvolvimento da cultura.

A escolha criteriosa das datas, segundo o Ministério, é fruto de uma análise multifatorial que engloba desde as nuances climáticas regionais até a dinâmica epidemiológica da Ferrugem Asiática.

A doença fúngica, ainda considerada um dos maiores entraves para a sojicultura, demanda ações preventivas contundentes, e o vazio sanitário se configura como uma das ferramentas mais eficazes nesse arsenal de combate.

O conceito do vazio sanitário reside na interrupção do ciclo de vida do fungo Phakopsora pachyrhizi pela ausência da planta hospedeira (a soja) por um período mínimo de 90 dias.

Essa janela temporal sem cultivo da oleaginosa tem o poder de reduzir drasticamente o inóculo fúngico presente no ambiente, dificultando a ocorrência de epidemias severas no ciclo subsequente. A adesão irrestrita a essa medida por parte dos produtores mato-grossenses é, portanto, um pilar fundamental para a sustentabilidade e a rentabilidade da sojicultura no estado.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!