O produtor rural Amélio Pedrassani será agraciado em breve com o título de cidadão honorário de Lucas do Rio Verde. A honraria foi aprovada durante sessão da Câmara de Vereadores durante a retomada dos trabalhos em plenário do Poder Legislativo. A homenagem, proposta pelo vereador Gilson Fermino Urso, reconhece a trajetória de um dos pioneiros que ajudaram a construir a cidade, enfrentando desafios e contribuindo com trabalho e união familiar para o crescimento do município.
Natural do Sul do país, Pedrassani chegou a Lucas do Rio Verde em 1986, influenciado pelo filho, que conheceu a região e convenceu o pai a abandonar o moinho de trigo no qual trabalhavam. “Perdi o braço no moinho, meu filho não gostava de trabalhar lá e veio visitar aqui. Quando voltou, insistiu: ‘pai, lá é bom’. Então vendemos um pedaço de terra e em 40 dias já estávamos morando aqui”, relembra Amélio, emocionado com a lembrança e com a homenagem. “É uma grande honra para nossa família. Sempre batalhamos desde o começo e vamos continuar. Isso aqui é o que a gente sabe fazer”, declarou.
A trajetória da família Pedrassani se confunde com o próprio desenvolvimento de Lucas do Rio Verde. De início modesto, em um antigo armazém, o produtor lembra com orgulho das lavouras bem-sucedidas e das colheitas que nunca falharam. “Graças a Deus, sempre mexemos com lavoura e nunca falhou uma safra. Este ano, inclusive, colhemos como nunca”, comemora.
O vereador Gilson Urso destacou a relevância da história do homenageado para o município. “Seu Amélio está aqui desde 1987 e sempre ajudou a construir esta cidade. Um pioneiro que atuava muitas vezes em silêncio, mas com grande impacto. A família Pedrassani é um exemplo de contribuição para o desenvolvimento de Lucas”, afirmou o parlamentar.
Após a sessão em que foi aprovado a cessão do título honorífico, o homenageado relembrou os tempos difíceis do início da colonização e os primeiros passos da emancipação política do município. “Estávamos juntos desde quando aqui era só distrito, antes da emancipação. O que a gente podia fazer para ajudar, fazia. Mesmo só com um braço, estava sempre envolvido”, disse, destacando também o apoio às comunidades e à igreja.
Receber a homenagem em vida é, para ele, motivo de gratidão. “É algo que marca a gente, marca a família toda. Eu já me sentia luverdense por tudo o que vivi aqui. Agora, mais ainda”, completou.
