Justiça nega pedido do Ministério Público para paralisar obras no Morro de Santo Antônio em Mato Grosso

O Ministério Público alegou que a obra causava dano ambiental e também envolvia a remoção de pedras para serem utilizadas no Parque Novo Mato Grosso.

Fonte: CENÁRIOMT

Justiça nega pedido do Ministério Público para paralisar obras no Morro de Santo Antônio em Mato Grosso
Justiça nega pedido do Ministério Público para paralisar obras no Morro de Santo Antônio em Mato Grosso

A Justiça negou o pedido do Ministério Público de Mato Grosso, para a imediata paralisação das obras em andamento no Monumento Natural Morro de Santo Antônio. O ponto turístico havia sido interditado após denúncias de dano ambiental decorrentes da construção de uma estrada de acesso ao topo, utilizada anteriormente por pedestres em trilha.

O Ministério Público alegou que a obra causava dano ambiental e também envolvia a remoção de pedras para serem utilizadas no Parque Novo Mato Grosso. Em seu pedido, o MP solicitou a suspensão imediata de todas as atividades no local e requereu que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) fosse afastada da gestão do espaço, com a nomeação de um interventor judicial provisório até a recuperação da área.

No entanto, o juiz Antônio Horácio da Silva Neto, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, decidiu que o Estado tem demonstrado o cumprimento dos requisitos de proteção ambiental. Ele também considerou imprudente afastar a Sema da administração do monumento natural.

Em sua decisão, o magistrado comentou sobre a repercussão midiática do caso e a necessidade de uma análise técnica e imparcial da situação. Ele afirmou que buscará verificar o que efetivamente está ocorrendo no âmbito administrativo e in loco para tomar uma decisão que exija o cumprimento da legislação ambiental, inclusive por parte do Estado de Mato Grosso.

O governo estadual argumenta que a obra visa melhorar o acesso ao morro, uma área de 258 hectares com uma altitude de 450 metros que oferece uma das vistas panorâmicas mais belas de Mato Grosso. O objetivo é proporcionar melhor infraestrutura para turistas e a população local, incentivando as visitas de forma sustentável.

A decisão judicial cita exemplos internacionais de como a abertura planejada de monumentos naturais à visitação pode gerar impactos positivos nas comunidades locais, impulsionando o turismo ecológico, a geração de renda e o fortalecimento de identidades culturais. O juiz ponderou que negar ou adiar indefinidamente o acesso popular a esses espaços poderia restringir um direito coletivo e perpetuar desigualdades no usufruto do patrimônio ambiental.

Ao analisar os argumentos e documentos apresentados pelo governo, o magistrado concluiu que o Estado está “fazendo o dever de casa” e indeferiu o pedido liminar do Ministério Público para a interrupção das obras.

Na decisão, o juiz determinou que o MP seja notificado para se manifestar nos autos no prazo de 15 dias úteis. Após o retorno, será agendada uma inspeção judicial ao local, com a intimação das partes para acompanhamento, permitindo que apresentem seus técnicos de confiança, caso desejem.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!