A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva do ex-procurador da Assembleia Legislativa, acusado de assassinar um morador em situação de rua no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, no último dia 9 de abril. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (16) por um desembargador do Tribunal de Justiça.
O magistrado considerou que uma análise mais aprofundada dos fatos é necessária, após a apreciação do caso em primeira instância e o parecer do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Ele também não identificou irregularidades na conversão da prisão em flagrante para preventiva.
A defesa do acusado havia solicitado a liberdade provisória, argumentando que ele se apresentou espontaneamente às autoridades, é réu primário e possui endereço fixo.
O crime ocorreu após a vítima, um morador de rua, supostamente ter danificado o veículo do ex-procurador, que estava estacionado em um posto de combustível. O acusado, que jantava no local, teria sido informado sobre as características do homem e o localizado, efetuando os disparos que causaram sua morte.
No dia seguinte à sua apresentação à delegacia, a prisão em flagrante do ex-procurador foi convertida em preventiva por um juiz da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, atendendo ao pedido da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso como homicídio qualificado.