Jovem escritora ganha bolsa de estudos nos EUA e faz vaquinha para despesas durante o curso

Fonte: G1 MT

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Foto: Arquivo pessoal

A escritora Ludmila Guimarães Sella, de 22 anos, está arrecadando recursos para conseguir se manter nos Estados Unidos durante o curso de Creative Writing em uma universidade americana. Ela criou uma vaquinha online para as despesas estimadas em 21 mil dólares anuais.

Segundo Ludmila, os livros sempre fizeram parte da vida dela. Aos 7 ou 8 anos, escreveu um livrinho e criou um blog para postar algumas histórias. Depois, mais tarde, criou também uma página no Instagram literário para interagir com pessoas do mundo todo e conversar com elas.

Ela conta que o amor pelos livros fez com que conhecesse pessoas e fizesse amizade com australianas, mexicanas e indianas.

Tentou cursar pedagogia e ter um trabalho formal por causa da falta de incentivo das pessoas para que seguisse a carreira de escritora. Ela avalia que, no Brasil, a profissão é vista como um trabalho em que não se ganha dinheiro e isso a desmotivou.

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Pesquisou sobre cursos relacionados e viu que o curso de letras é focado em idiomas e literatura nas análises dos livros já escritos. Com isso, percebeu que não se encaixava e descobriu que em outros países existem curso de graduação de Creative Writing, que é voltado para o desenvolvimento da escrita.

Ludmila trabalhou como professora de inglês por um tempo e decidiu tentar a bolsa. No ano passado, foi aos Estados Unidos visitar universidades e conversar com pessoas que cursavam a graduação pra saber como se inscrever para conseguir a bolsa. Participou de algumas aulas experimentais para decidir se era mesmo o que queria seguir e enviou o currículo.

Conseguiu uma entrevista com a administradora de alunos internacionais da Sweet Briar College, uma universidade que fica em Virginia, nos Estados Unidos, e na terceira entrevista descobriu que foi aceita para estudar na instituição.

Com a pandemia do coronavírus, ela conta que ficou sem esperança porque não achava que nesse momento complicado iria ser aceita em alguma universidade.

“Eu não podia ter ficado mais feliz. Foi a melhor notícia no meio dessa bagunça toda que está acontecendo. Eu ria e chorava ao mesmo tempo, não conseguia acreditar que era verdade. Todo dia eu acordo achando que tive um sonho”, afirma.

No entanto, a viagem e as aulas devem começar após a pandemia.

O curso tem a duração de 4 anos . As doações poderão ser feitas através do site da vaquinha.