Investigações e prisões contribuíram na redução de 36% dos roubos de lojas de eletrodomésticos

Uma das operações, a Distrust (desconfiança em inglês) cumpriu 29 prisões de autores dos roubos às lojas Martinello

Fonte: CenárioMT

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O primeiro semestre deste ano registrou decréscimo nos índices de crimes patrimoniais na Capital, em especial o roubo e furto a comércios, cujas ocorrências somaram 885 registros contra 2.418, no mesmo período do ano passado, ou seja, uma redução de 63,3%, seguindo a mesma tendência apresentada nas ocorrências de roubos e furtos no estado. A redução apresentada em Cuiabá também é reflexo do trabalho investigativo da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que teve como um dos focos a identificação e prisão de autores de roubos a lojas de eletrodomésticos.

Uma das operações realizadas pela Derf de Cuiabá, em fevereiro deste ano, levou à prisão os responsáveis por sete roubos praticados contra lojas da rede Martinello. Durante a Operação Distrust foram cumpridas 59 ordens judiciais de prisões e de buscas e apreensões contra integrantes da associação criminosa. A investigação da unidade especializada identificou que os integrantes da associação criminosa praticaram 20 roubos às lojas da rede.

A Derf apontou que o grupo criminoso, liderado por reclusos do Sistema Penitenciário estadual, causou um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão de reais aos estabelecimentos comerciais com o roubo de 1.200 aparelhos celulares. No decorrer das investigações realizadas no ano passado, a Derf Cuiabá prendeu outros 22 integrantes ligados à associação criminosa.

De acordo com o delegado titular da Derf de Cuiabá, Guilherme de Carvalho Bertoli, os aparelhos roubados foram colocados novamente à revenda para angariar recursos para a organização. “A quadrilha agia com funções bem definidas na articulação, gerência, execução dos roubos e posteriormente, revenda dos produtos a terceiros com a finalidade de arrecadar recursos destinados às ações criminosas”, pontuou.

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Em outra investigação da delegacia especializada, os policiais chegaram aos criminosos que roubaram uma unidade da rede Magazine Luiza. A investigação chegou a nove pessoas, quatro delas envolvidas diretamente no roubo e outras cinco presas por tráfico e associação para o tráfico de drogas.

O crime ocorreu na loja localizada no bairro Grande Terceiro. Na ocasião, a família do gerente da loja foi abordada por três criminosos armados, na porta de sua residência, no CPA IV.

Utilizando uma estratégia cruel com as vítimas, um dos criminosos ficou na casa com a mulher e um dos filhos, enquanto os outros dois levaram o gerente e o filho mais velho dele até a loja, sob ameaça de armas de fogo. Da loja os assaltantes levaram diversos produtos eletroeletrônicos, como celulares, tablets, televisores, cujos valores foram estimados em aproximadamente R$ 170 mil.

O diretor Metropolitano da Polícia Civil, delegado Rodrigo Bastos, destaca que a dedicação da unidade policial no esclarecimento dos roubos e a consequente identificação e prisão dos responsáveis colaborou para que os índices criminais obtivessem a redução apresentado, trazendo bons resultados à sociedade.

Produtividade

No primeiro semestre deste ano, a Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá instaurou 289 inquéritos para apurar crimes de furto e roubo na capital, sendo 175 deles por flagrantes e 205 deles tiveram a autoria definida.

Entre as operações realizadas no semestre destacam-se ainda a Omertá, que levou à prisão oito pessoas envolvidas no latrocínio do servidor aposentado Nicomedes Francisco Pinto Lopes, 69 anos. A operação teve como alvos seis homens e duas mulheres identificadas nas investigações. O aposentado desapareceu no dia 21 de março deste ano, da casa onde morava em Chapada dos Guimarães, e seu corpo foi localizado quatro dias depois às margens da rodovia Helder Cândia, em Cuiabá, com marcas de disparos de arma de fogo na cabeça.

Outra investigação realizada no primeiro semestre pela Derf chegou ao paradeiro de um dos responsáveis pelo latrocínio do empresário Carlos Lock, 62 anos, ocorrido em setembro de 2019. o terceiro envolvido no crime foi preso na região do Porto, em Portugal, e extraditado ao Brasil no mês de junho. O homem de 32 anos foi localizado após um trabalho minucioso realizado pela Diretoria de Inteligência e Derf que, depois de reunir informações sobre o paradeiro do investigado, solicitou à Polícia Federal a inclusão do nome do foragido nos sistemas da Interpol, instrumento que permitiu à polícia portuguesa a detenção, após mandado de prisão internacional emitido pelas autoridades brasileiras.