Gasolina pode chegar a R$ 5,60 no interior de Mato Grosso a partir desta quinta-feira

Fonte: REDAÇÃO

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O mato-grossense já deve ter percebido, nesta quinta-feira (28), que o preço do combustível sofreu reajuste nas bombas em decorrência do aumento da Petrobrás em 5% na gasolina e 4,4% no diesel, nessa quarta-feira (27).

O segundo aumento praticado pela estatal em menos de uma semana.

No dia 19 de janeiro, a elevação de preços foi de 7,6%.

Em Cuiabá, a expectativa é que a partir de hoje o preço da gasolina possa chegar aos R$ 5 em alguns postos.

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Em cidades como Vila Rica e Alta Floresta, no norte do estado, o valor da gasolina já está em R$ 5,32 e R$ 5, respectivamente. Por lá, o produto pode chegar a quase R$ 6 e R$ 5,30.

Em casos de municípios mais afastados do grande centro distribuidor, onde o valor praticado é maior do que na capital do Estado, também leva-se em consideração a baixa concorrência e o número de veículos  nessas cidades.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo-MT), Nelson Soares, o aumento em curto período preocupa o setor pela oscilação e impacto que pode gerar para consumidor.

“Estamos numa pandemia da covid-19, com desemprego, perda de renda”, comentou.

De acordo com ele, o aumento ocorreu por conta do valor praticado no barril de petróleo no mercado internacional, que hoje está em U$ 55 dólares.

Como a Petrobrás trabalha com a venda da gasolina em reais, o aumento se torna inevitável.

De acordo com o dirigente, não é possível prever qual será o preço médio praticado na Capital.

Somente a Agência Nacional do Petróleo (ANP) pode divulgar esses dados, em boletins feitos toda segunda-feira.

Nelson Soares argumentou que há livre concorrência, mas assinalou que mesmo assim é o mercado quem vai ditar o valor praticado nas bombas.

De acordo com o presidente, 50% de impostos estão embutidos no preço do combustível.

Ou seja, se o consumidor abastece o seu carro com R$ 100, metade é imposto.

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A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) reagiu ao aumento.

“Neste momento, dada a crise econômica no país causada pela Covid-19, a entidade entende que um maior espaçamento entre os reajustes poderia minimizar o efeito da volatilidade das cotações, pois uma alta pode ser anulada por uma redução de preços do barril. Os períodos um pouco mais longos evitariam as especulações do mercado”.

Diesel

O aumento no preço do diesel pode provocar efeito cascata já que isso pode trazer consequências no aumento do frete, do pneu, entre outros derivados.