Filho de libaneses, cuiabano descreve explosão em Beirute: Parecia o apocalipse

Fonte: REPÓRTERMT

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“Era uma cena de horror, parecia apocalipse”, esse foi o relato que o empresário e publicitário Ziad Fares, filho de libanês, que vive em Cuiabá, ouviu de familiares e amigos sobre a explosão, que atingiu a região portuária de Beirute, no Líbano, na tarde de terça-feira (04).

Ele comentou que está muito triste com a situação, principalmente por um país que foi reconstruído por várias vezes e que enfrenta problemas econômicos, políticos, além da situação sanitária devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Eu que conheço a Orla do Porto de Beirute, a reconstrução que fizeram ali é surreal, é a coisa mais linda que tem naquela região, mas independentemente da beleza o que dói é você ver vidas, pessoas feridas ou mortas. Parece um filme de ficção. É difícil de acreditar”, disse.

Ele contou que tem familiares que moram em cidades próximas a Beirute, mas que estão sempre na região portuária para ir ao médico ou para estudos, chegaram de ouvir o barulho causado pela explosão.

“Minha família não teve nenhum problema, só uma tia que chegou a ir ao médico, mas estava na cidade de passagem, então não chegou a sentir nada.  Meu primo e amigos que estavam em Beirute falaram que parecia um apocalipse, era uma cena de horror disseram eles”.

“Teve muita gente que não viu, obviamente, porque estava trabalhando ou estava em casa, mas quem não ouviu, sentiu. Minha irmã que estava numa cidade muito menor, a cerca de 150 quilômetros, ouviu o barulho causado pela explosão”.

Ziad disse que a região de Beirute é conhecida como a ‘Paris do Oriente Médio’ e  acredita que a cidade vai conseguir ser reconstruída como outras veze.

“É uma cidade incrível, o que nos resta rezar pelas famílias das vítimas. Tudo que está ali reconstrói, tantas guerras eles já estiveram, quantas reconstruções passaram, mas o que não reconstrói é uma família que foi ceifada”.

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Explosão

Uma explosão atingiu a região portuária de Beirute, no Líbano, na terça-feira (04). A suspeita é que a explosão tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio, um tipo de fertilizante, com grande potencial explosivo quando exposto a altas temperaturas.

Há informações de que mais de 100 pessoas morreram no desastre.

 

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso.