“Esse é o projeto ferroviário que mais apoia o crescimento industrial do nosso Estado”, afirma presidente da Fiemt

Para Gustavo de Oliveira, Mato Grosso pode ser responsável por uma revolução logística no Brasil

Fonte: CenárioMT

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Gustavo Oliveira - Foto por: Mayke Toscano/Secom-MT

A construção da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso, ligando os municípios de Lucas do Rio Verde e Cuiabá até Rondonópolis, será de grande utilidade para o desenvolvimento industrial e econômico de Mato Grosso. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, para quem o novo ramal logístico será conhecido como “Ferrovia da Indústria”.

“Esse é o projeto ferroviário que mais apoia o crescimento industrial do nosso Estado”, afirmou Gustavo. Segundo ele, com os trilhos, Mato Grosso vai estar mais próximo dos principais centros consumidores e também dos fornecedores de insumos e matérias primas, diminuindo os custos logísticos e tornando nossos produtos mais competitivos no mercado nacional e também no internacional.

A expectativa do presidente da Fiemt é que a construção da ferrovia vá gerar uma grande revolução no mercado de trabalho, com a criação de mais de 200 mil empregos proporcionando muita competitividade para a nossa indústria. “Alguns setores, como setor de combustíveis, vão ser beneficiados duplamente. O combustível fóssil vai chegar mais barato, mas os nossos biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol vão poder atingir os estados consumidores e chegar a Paulínia (cidade paulista onde fica localizada uma refinaria) com um custo logístico muito menor”.

Gustavo de Oliveira afirma que Mato Grosso é refém do alto-custo e das limitações do transporte rodoviário, mas que mesmo assim segue como principal exportador de commodities do país. “Um dos grandes gargalos para a atração de investimentos voltados à agroindústria mato-grossense é o alto custo logístico”. Ele lembra que o preço do frete rodoviário é o dobro do ferroviário.

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Outro ponto destacado, é a questão da sustentabilidade, uma vez que as ferrovias reduzem a emissão de dióxido de carbono e os riscos de acidentes. “O Brasil precisa de um novo olhar, baseado na compreensão de que o desenvolvimento sustentável passa necessariamente pelos estados produtores”.

Revolução logística

O presidente da Fiemt garantiu que o Brasil pode estar próximo de uma revolução logística a partir dessa iniciativa de Mato Grosso. Ele lembrou que o Estado propôs a criação de marcos legais para permitir e autorizar a construção e operação de ramais ferroviários dentro do seu território. “Isto é imprescindível para estimular o crescimento econômico dos estados mais distantes dos grandes centros de consumo”, disse.

Ele sugere que outros estados podem seguir o exemplo mato-grossense, implantando leis semelhantes para expandir suas malhas ferroviárias. Foi a partir da iniciativa estadual, afirma, que o Ministério da Infraestrutura editou uma portaria para organizar as iniciativas estaduais.

“A iniciativa do Governo do Estado de propor os marcos legais já gerou o primeiro fruto”, reforçou. “Estamos no limiar de uma mudança histórica, com chances reais de interligar, por meio de trilhos, diversos pontos do território nacional. Basta, para isso, que os novos marcos legais sejam adequados, pois o interesse do setor privado em investir é certo. Basta ficar de olho no quanto a economia de Mato Grosso vai mudar nos próximos anos. E será exemplo para todo o país”, concluiu.

 

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