Especialista alerta para o impacto das altas temperaturas no consumo de energia

No calor, geladeira e ar-condicionado, por exemplo, são mais exigidos para conseguirem rejeitar o calor e atingir a temperatura programada.

Fonte: CenárioMT

Especialista alerta para o impacto das altas temperaturas no consumo de energia2020 10 04 23:08:37
Onda de calor faz termômetros marcarem 44º em Cuiabá. - Foto por: Secom-MT

O Brasil enfrenta uma onda histórica de calor extremo. Vários estados registram temperaturas acima da média para o período e em Mato Grosso a situação não é diferente. Os cuiabanos estão há dias convivendo com calor acima de 40°C. Com a temperaturas nas alturas o resultado é o aumento no consumo de energia e, consequentemente, no valor fatura. Isso porque, mesmo sem mudanças na rotina de uso, os equipamentos elétricos consomem mais energia somente com a temperatura elevada.

No calor, geladeira e ar-condicionado, por exemplo, são mais exigidos para conseguirem rejeitar o calor e atingir a temperatura programada. “Por isso, as contas de energia devem chegar mais ‘salgadas’. De uma forma geral, estima-se que o calor excessivo influencia num aumento de cerca de 20% no consumo de energia – isso com os mesmos aparelhos sendo utilizados na mesma quantidade de horas de dias normais ”, explica o engenheiro eletricista Teomar Estevão Magri.

Mas o engenheiro ainda chama a atenção para um agravante: o calor provoca hábitos diferentes, já que para escapar dos desconforto térmico as pessoas tomam mais banho, bebem mais água gelada, utilizam com mais frequência e por mais tempo ar condicionado e umidificadores. “Pelas horas a mais de uso, o consumo pode aumentar em torno de 50%, dependendo do perfil do consumidor e da quantidade de equipamentos que utiliza”.

Soma-se a isso a tributação de ICMS, que em Mato Grosso é aplicado por faixa de consumo. Ou seja, consumo maior resulta também em uma taxa maior de tributo.

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Pandemia

E em 2020, mais um fator tem influenciado no aumento da conta: a pandemia, alerta Magri.  A crise do coronavírus trouxe uma nova realidade, com as pessoas passando mais tempo em casa. Nesse cenário, o uso de aparelhos eletrodomésticos tende a ser maior, uma vez que as crianças estão assistindo mais TV, usando videogames e computadores, além de muitas pessoas estarem trabalhando de forma remota. Logo, altera-se toda a logística de uso dos equipamentos e a conta de energia elétrica fica ainda mais cara.

Em razão da crise sanitária mundial, a bandeira tarifária segue verde até o final do ano, ou seja, sem acréscimos por condições de produção de energia elétrica. Entretanto, desde 1º de agosto de 2020 as concessionárias de energia retomaram o corte por falta de pagamento – que havia sido suspenso temporariamente.

O secretário adjunto de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor, Edmundo Taques, lembra que ao receber a conta de energia elétrica o consumidor deve estar atento às informações contidas na fatura, como total de dias faturados e histórico dos 12 meses anteriores. Se perceber alguma inconsistência nas informações, o consumidor deve primeiramente procurar a concessionária.

Caso não a demanda não seja resolvida, o consumidor pode registrar a reclamação via Consumidor.gov.br ou procurar a unidade de Procon mais próxima.

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