O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, atribuiu a atual escassez de medicamentos nas unidades públicas de saúde da capital a dívidas acumuladas por gestões anteriores. Segundo ele, fornecedores com contratos recentes se recusam a entregar novos lotes enquanto os débitos dos últimos três anos não forem quitados.
“Mesmo com contratos novos, as empresas impuseram a condição de só entregar se fossem pagos os valores atrasados de 2022, 2023 e 2024. Isso tem travado o abastecimento”, explicou o prefeito em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23). Ele classificou a atitude das distribuidoras como uma prática comum no setor e garantiu que a atual gestão está lidando com a situação com firmeza.
Para solucionar a crise, Abilio Brunini informou que a Prefeitura elaborou um plano de parcelamento para quitar os débitos herdados de administrações passadas. Além disso, foram realizadas compras emergenciais para suprir a rede municipal no curto prazo. “Os remédios já começaram a chegar e o reabastecimento está em andamento nas unidades”, assegurou o prefeito.
O problema ganhou destaque na semana passada, quando o Ministério Público Estadual (MPE) solicitou explicações do município sobre a falta de medicamentos e insumos em policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com denúncias de ausência de itens básicos em casos de urgência.
Abilio Brunini expressou sua compreensão pela insatisfação da população, mas reiterou o compromisso da Prefeitura em resolver a questão. “Não é aceitável que o cidadão fique sem atendimento por conta de pendências antigas. Estamos atuando para resolver isso de forma definitiva”, garantiu.
A Prefeitura projeta que os estoques das unidades de saúde sejam completamente regularizados nos próximos dias. Paralelamente, a administração municipal informou que também está investindo na ampliação dos serviços, com a instalação de novos equipamentos e o reforço de profissionais para exames e tratamentos.