Chapada dos Guimarães antecipa ações de prevenção a incêndios após devastação histórica

Entre as principais estratégias adotadas está a queima prescrita, uma técnica utilizada para reduzir o material combustível na vegetação e, assim, minimizar o risco de grandes incêndios descontrolados.

Fonte: CENÁRIOMT

Chapada dos Guimarães antecipa ações de prevenção a incêndios após devastação histórica
Chapada dos Guimarães antecipa ações de prevenção a incêndios após devastação histórica Foto:Mayke Toscano/Secom-MT

Após enfrentar um dos maiores incêndios florestais de sua história em 2024, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, a 62 quilômetros de Cuiabá, está agindo com antecedência para evitar novas tragédias. Diante da proximidade do período de estiagem em Mato Grosso, a administração do Parque, um dos mais visitados do Brasil, iniciou de forma antecipada suas ações de prevenção a focos de incêndio na região de Cerrado.

No ano passado, o fogo devastou aproximadamente 13 mil hectares fora dos limites da unidade de conservação e outros 1,5 mil hectares dentro da área protegida, conforme dados do Corpo de Bombeiros. Esse cenário alarmante impulsionou a intensificação das medidas preventivas.

Entre as principais estratégias adotadas está a queima prescrita, uma técnica utilizada para reduzir o material combustível na vegetação e, assim, minimizar o risco de grandes incêndios descontrolados.

Reforço na brigada e estratégia de queima prescrita

Fernando Francisco Xavier, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do Parque, informou que 15 novos brigadistas ambientais foram contratados no início de junho. A expectativa é que, até o fim do mês, o Parque conte com um total de 45 brigadistas prontos para atuar tanto na prevenção quanto no combate a incêndios florestais.

A queima prescrita, uma das técnicas centrais de prevenção no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, consiste na aplicação controlada e planejada do fogo. Segundo Xavier, além de ajudar a controlar a vegetação seca que serve de “combustível” para grandes incêndios, essa prática também cria áreas de refúgio seguras para a fauna local. Isso é crucial para proteger espécies ameaçadas que habitam o parque, como a anta, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada e a jaguatirica, permitindo que elas se desloquem para locais mais seguros durante as queimadas controladas.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.