Capital de Mato Grosso monitora dois casos suspeitos da varíola dos macacos

Fonte: CENÁRIOMT

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A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, informou que dois casos suspeitos de Monkeypox (Varíola dos Macacos) são investigados na capital de Mato Grosso.

Os dois casos em investigação são referentes a homens (de 34 e 29 anos), nos quais os registros de monitoramento foram iniciados nos dias 26 e 27 de julho.

Segundo levantamento de informações do CenárioMT, a equipe de Vigilância já coletou amostras para exames que foram encaminhadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen), na sequência, os resultados serão enviados ao laboratório de referência nacional.

Os dois pacientes estão em isolamento domiciliar e diariamente, a equipe de Vigilância realiza o monitoramento dos casos suspeitos, sempre em acordo com as medidas de biossegurança para evitar o possível contágio.

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Os dois pacientes suspeitos apresentam lesões características da doença, mas sem nenhuma complexidade. O resultado dos dois exames deve ficar pronto em prazo de dez dias;

Os dois indivíduos irão permanecer em isolamento até o desaparecimento completo das lesões (cerca de 2 a 3 semanas, ou até 21 dias).

Nas duas situações em investigação, os pacientes realizaram viagens a cidades da região Sudeste do Brasil em prazo de 21 dias anteriores ao início dos sintomas.

Cuiabá: Varíola dos macacos

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Sintomas:

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

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O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado e a OMS garantiu, na terça-feira (24/5/22), que o risco de transmissão é baixo.

Vacinas – A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

Instituto Butantan
Organização das Nações Unidas (ONU) – Escritório Brasil
ONU News

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).