Campanha ‘Bambi, vem pra manada’ busca arrecadar doações para pagar transporte de elefanta de SP para MT

Fonte: G1 MT

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Foto: Marcelo Moraes / EPTV

O Santuário de Elefantes do Brasil, em Chapada dos Guimarães (MT), está fazendo uma campanha para a transferência da elefanta indiana Bambi que atualmente está no Bosque e Zoológico Dr. Fábio Barreto, em Ribeirão Preto (SP). Bambi tem 58 anos e fazia parte do elenco do Circo Stankowich, um dos mais tradicionais do Brasil.

Ela pesa 3,7 mil kg. É cega do olho esquerdo e tem problemas na mandíbula.

No mês passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou a transferência dela para Mato Grosso, a pedido do Santuário, que alegou à Justiça que o bosque de Ribeirão Preto, onde Bambi está vivendo desde 2014, não tem estrutura para cuidar dela.

Para o Santuário, o animal está tendo uma segunda chance de morar no local que tem 30 hectares destinados aos elefantes.

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“A vida geralmente não nos dá uma segunda chance, mas de vez em quando, algo milagroso acontece. Bambi perdeu a oportunidade de encontrar um santuário há sete anos, mas sua segunda chance apareceu, e você pode ajudar a trazê-la para casa”, diz trecho do post da campanha.

A campanha ‘Bambi, vem pra manada!’ é feita pela internet.

No Santuário, Bambi vai conviver com Maia, a Mara, a Lady e a Rana, também resgatadas, e poderá usufruir de riacho, lago, árvores e espaço com lama.

Segundo a entidade, durante esses mais de seis anos no zoológico de Ribeirão Preto, Bambi alternava o espaço do recinto externo do zoológico com outra fêmea asiática, Mayson, e que elas não se davam bem. Por isso, não podiam compartilhar o mesmo espaço. Isso significava que, cada uma delas, passava quase 20 horas por dia dentro de um recinto interno de concreto.

Durante esse tempo, a condição corporal de Bambi diminuiu, ela teve uma perda de peso e massa muscular significativa, perdeu a visão de um dos olhos e começou a parecer que tinha desistido.

Então, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal entrou com um pedido judicial em nome de Bambi, solicitando que ela fosse transferida para o santuário. Desde que esse processo começou, o zoológico dividiu o recinto externo ao meio com uma cerca elétrica para permitir que as duas elefantas possam permanecer no mesmo espaço.

O zoológico levou mais de 5 anos para construir essa cerca simples e barata. Embora não seja uma solução, é certamente uma melhoria se comparado às 20 horas por dia no concreto.