Apesar de um aumento de 1,9% na área plantada, estimada em 11,82 mil hectares, a produção de café em Mato Grosso deve registrar uma leve queda de 1,2% na safra de 2025, totalizando 265,3 mil hectares. A projeção, divulgada no 2º Levantamento da Safra de Café 2025 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (6), aponta para uma retração de 3% na produtividade média, estimada em 22,4 sacas por hectare.
O cenário mato-grossense contrasta com a expectativa nacional, que prevê um crescimento de 2,7% na produção de café em 2025, atingindo 55,7 milhões de sacas, mesmo em ano de bienalidade negativa. Esse desempenho nacional é impulsionado pela forte recuperação da produtividade do café conilon em outros estados.
Em Mato Grosso, a Conab observou que, apesar da expansão da área cultivada, a estimativa de produtividade foi impactada, resultando na projeção de uma colheita menor em comparação com a temporada anterior. Goiás, outro estado do Centro-Oeste avaliado, deve apresentar uma área de cultivo de pouco mais de 5,5 mil hectares.
A nível nacional, a Conab destaca a recuperação de 28,3% na produtividade média do conilon como fator crucial para o bom desempenho esperado da safra total. A produção de conilon é estimada em um recorde de 18,7 milhões de sacas, impulsionada pelas condições climáticas favoráveis em regiões produtoras como o Espírito Santo e a Bahia.
Para o café arábica, mais suscetível à bienalidade, a Conab prevê uma redução de 6,6% na colheita nacional. Em Minas Gerais, maior produtor de arábica, a expectativa é de uma safra de 25,65 milhões de sacas, influenciada pelo ciclo de baixa bienalidade e por um período seco registrado no ano anterior. São Paulo, por outro lado, deve registrar um aumento de 1,3% na produção de arábica, compensando a queda na produtividade com o crescimento da área cultivada.
No mercado, após um ano de recorde nas exportações em 2024, o Brasil registrou uma leve queda nos embarques de café no primeiro trimestre de 2025. No entanto, o valor das vendas internacionais aumentou significativamente devido à alta dos preços do café no mercado internacional, tendência que deve persistir ao longo do ano, apesar da expectativa de aumento na produção mundial.