Bombeiros e cães de MT viajam para ajudar na busca de corpos em Brumadinho

Fonte: OLHAR DIRETO

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Seis bombeiros militares e quatro cães de resgate viajam, entre a próxima quarta-feira (27) e o dia 11 de abril, para a cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. Eles foram acionados para ajudar na busca dos corpos que continuam soterrados após o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijó, que aconteceu em 25 de janeiro de 2019.

De acordo com o Tenente Teodoro, do Corpo de Bombeiros, um primeiro grupo, formado pelo Sargento Everson, médico veterinário, o soldado Luiz e o soldado Lima, além da cadela Sharon e o cão Luke, viaja nesta quarta-feira (27). A ideia é que passem dez dias na cidade mineira.

O segundo grupo viaja dia 11 de abril, e será formado por outros três bombeiros e mais dois cães. “Esse apoio é por conta da aptidão que o cão tem, a facilidade, em detectar esses odores”, explica o tenente. “Tendo em vista que as vítimas lá estão soterradas a uma certa profundidade e o cão consegue perceber esses odores com maior facilidade do que o homem. Por isso utilizamos o cão como essa importante ferramenta do trabalho de busca dos corpos. A operação tem também por objetivo fazer com que as famílias possam dar um sepultamento digno a seus entes queridos que foram mortos em virtude do acidente da barragem”, completa.

O apoio a Mato Grosso foi pedido porque é um dos únicos estados com cães de resgate certificados. “E também por conta da extensão da operação. Como já se alonga por mais de meses, os cães precisam de descanso, de ter um período de troca pra que possam se recompor. Como o trabalho de cães nos Corpos de Bombeiros do Brasil ainda está começando, não existem tantos animais prontos, e os que existem já estão sendo usados na operação”, finaliza.

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Tragédia

O rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijó, da Vale, aconteceu no dia 25 de janeiro de 2019, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. Até a última segunda-feira (25), dois meses depois da tragédia, foram identificados 214 mortos, e 91 pessoas continuavam desaparecidas.