Após curso de corte e costura, presos de Araputanga confeccionarão os próprios uniformes

A inclusão de 15 reeducandos no projeto Novos Caminhos, que ensina curso técnico de corte e costura, é uma iniciativa do Estado em parceria com o Município, a Defensoria Pública e o Conselho da Comunidade

Fonte: CenárioMT

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Presos participam de aula de corte e costura na cadeia de Araputanga - Foto por: Arquivo Pessoal

Os uniformes dos presos na cadeia pública de Araputanga, 338 km de Cuiabá, serão confeccionados a partir de setembro de 2022 por um grupo de 15 reeducandos que iniciaram o curso de corte e costura, no projeto “Novos Caminhos”. A iniciativa, que garante remição de pena e alternativa de ressocialização, por meio de capacitação técnica para o trabalho, é resultado da parceria entre Estado, Município, sociedade civil organizada e Defensoria Pública. O local abriga, nesta quarta-feira (10/8), o total de 92 presos.

O defensor que atua na comarca de Araputanga, Carlos Gobati, informa que o curso técnico foi viabilizado pelo diretor da cadeia, Paulo Cesar Neves, junto à Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação (Secitec); o material a ser usado na confecção das peças será doado pelo Conselho da Comunidade, entidade civil da qual a Defensoria Pública faz parte e o município, providenciou o equipamento de trabalho.

“Em conversa com a Prefeitura de Araputanga conseguimos cessão de 10 máquinas de costura para serem usadas nesse projeto, que tem uma professora que ministra aulas, tanto teóricas quanto práticas, na unidade prisional. O projeto tem o objetivo de capacitar esses reeducandos e beneficiá-los com remição de pena e formação profissional que garanta empregos, quando eles deixarem a cadeia”, afirma o defensor.

Gobati informa que participou de uma reunião nesta quarta-feira (10/8) no local, ocasião em que ouviu os presos que atende, e eles teriam expressado alegria pela oportunidade de integrar o Novos Caminhos. “Eles disseram que é uma possibilidade de ter uma ressocialização de fato, ao deixaram o local, pois com o curso, terão uma formação técnica para atuar no mercado de trabalho. Eles estão otimistas”.

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O projeto teve início no dia 7 de junho de 2022, com carga horária de 160 horas aula. E além do insumo, tecidos, linhas e agulhas que serão fornecidos para o projeto, o Conselho da Comunidade também fornece um lanche quando os presos têm as aulas. “Inicialmente, para treinar, os presos usaram tnt, mas agora, para a confecção dos uniformes, usarão tecidos”.