O plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta terça-feira (7), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Invasões. Após meses de investigação, o documento foi aprovado pela maioria dos parlamentares e será encaminhado aos órgãos competentes para as providências legais.
A CPI, instaurada a partir de uma solicitação de um deputado estadual, tinha como objetivo investigar as invasões de terras no estado. O relatório revela indícios de envolvimento de crime organizado em algumas dessas ocupações ilegais em Mato Grosso, apontando até mesmo a omissão e, em alguns casos, o incentivo por parte de autoridades públicas.
Entre as conclusões, destaca-se uma invasão no assentamento Antônio Conselheiro, em Tangará da Serra, usada para atividades ilícitas como o tráfico de drogas. Além disso, o relatório também solicita um aprofundamento nas investigações sobre a morte de um empresário, ocorrida em fevereiro de 2024, durante uma invasão em sua propriedade, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.
O relatório foi enfático ao afirmar que o crime organizado está se infiltrando nas invasões de terras, comprometendo a segurança jurídica e promovendo a desordem no campo. A proposta é que as investigações sejam encaminhadas ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Polícia Federal e outros órgãos de controle, além de sugerir políticas públicas para a prevenção e repressão desses crimes.
Após a aprovação, o documento será publicado no Diário Oficial da Assembleia e enviado aos órgãos competentes. A expectativa é que as conclusões da CPI resultem em ações concretas e mudanças legislativas que reforcem o combate às invasões em Mato Grosso.