O combate ao furto de energia em Mato Grosso alcançou um marco importante. Já são 100 pessoas presas por envolvimento em ligações clandestinas e fraudes no consumo de energia, dentro da Operação Energia Limpa.
Esse número representa um aumento de 72% em comparação com o ano passado, quando foram registradas 58 prisões ao longo de 2024.
A ação é resultado de um trabalho conjunto entre a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil, a Politec e a concessionária Energisa.
Juntos, eles realizam fiscalizações constantes e operações em várias regiões do estado, desarticulando esquemas ilegais que colocam em risco a segurança da população e prejudicam o fornecimento de energia elétrica.
Nesta semana, três pessoas foram presas: duas em uma empresa de material plástico em Várzea Grande, e uma em uma açaiteria na cidade de Rondonópolis.
A participação da população tem sido fundamental nesse trabalho. De acordo com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, o CIOSP, entre janeiro e julho deste ano foram registradas 109 denúncias anônimas de furto de energia — um aumento de quase 85% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o gerente de perdas da Energisa Mato Grosso, Luciano Lima, a conscientização está crescendo, mas ainda é preciso avançar. Ele destaca que denunciar irregularidades protege toda a comunidade e ajuda a garantir um serviço mais seguro e justo.
Além de ilegal, o furto de energia traz riscos sérios. As ligações irregulares podem causar choques elétricos, curtos-circuitos e até incêndios. Também prejudicam o fornecimento e danificam equipamentos.
E, no fim das contas, o prejuízo recai sobre quem paga a conta em dia, com aumento na tarifa e queda na qualidade do serviço.
Pela lei, o furto de energia é considerado crime de furto ou estelionato, com penas que variam de um a cinco anos de prisão, além de multa.
A primeira megaoperação deste ano aconteceu em junho, no bairro Morada da Serra, em Cuiabá. Foram realizadas 300 inspeções em comércios e residências, com a participação de 11 peritos da Politec, 50 policiais militares e 25 equipes da Energisa. Outras operações de grande porte estão programadas para os próximos meses.