O que deveria ser um dia comum de trabalho transformou-se em uma saga judicial e dramática para Tonda Dickerson, uma garçonete de um restaurante no Alabama, Estados Unidos, após ganhar um prêmio milionário.
Tonda recebeu de um cliente habitual, Edward Seward, um bilhete de loteria como gorjeta. O cliente tinha o costume de usar raspadinhas para gratificar os funcionários. Dias depois, ao raspar o bilhete, Tonda descobriu que havia faturado o equivalente a R$ 54 milhões.
Disputas judiciais e vitória na Suprema Corte:
A sorte da garçonete veio acompanhada de uma onda de conflitos. Assim que o prêmio foi revelado, os colegas de trabalho entraram na Justiça alegando a existência de um acordo verbal entre a equipe para dividir quaisquer ganhos provenientes de bilhetes deixados por clientes.
Embora a Justiça do Alabama tenha inicialmente acolhido o pedido dos colegas, Tonda recorreu à Suprema Corte do estado e venceu o caso.
O próprio cliente que deu a gorjeta também processou a garçonete, alegando que ela teria prometido comprar um caminhão para ele em caso de vitória. O tribunal, no entanto, decidiu mais uma vez a favor de Tonda.
Escândalos e tragédia pessoal:
Os problemas da nova milionária não se limitaram aos tribunais. Tonda foi posteriormente acusada de fraude fiscal após tentar transferir o dinheiro para uma empresa familiar para reduzir impostos, resultando em uma multa de mais de R$ 5 milhões.
Em um episódio ainda mais dramático, ela foi sequestrada pelo ex-marido, que exigia parte do prêmio. Tonda conseguiu reagir e atirou nele em legítima defesa, sobrevivendo ao ataque.
Após enfrentar processos, escândalos e ameaças, Tonda optou por receber o prêmio em parcelas anuais de cerca de R$ 2 milhões ao longo de 30 anos. Hoje, ela leva uma vida discreta, longe dos holofotes, após protagonizar uma das histórias mais conturbadas do mundo das loterias.