O volante Gerson compareceu hoje na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), no Centro do Rio de Janeiro e deu andamento na acusação de racismo, sofrida durante a vitória contra o Bahia, no último domingo (20).
De acordo com um desabafo feito pelo camisa oito do Flamengo logo após o jogo em entrevista ao Premiere, canal por assinatura da TV Globo, Gerson revelou que Ramírez disse para ele “Cala a boca, negro!”.
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O ex-técnico do Bahia, Mano Menezes, Juan Pablo Ramíres e o árbitro da partida Flávio Rodrigues de Souza, também serão intimados a depor, mas como não residem no Rio de Janeiro, farão próximo a casa deles.
“Estou aqui na delegacia, vim falar sobre o ocorrido. Quero deixar bem claro que não vim aqui só para falar por mim, mas também para falar por minha filha, que é negra, meus sobrinhos, que são negros, meu pai, minha mãe, amigos também, e a todos os negros que têm no mundo. Sobre o fato que aconteceu, hoje, graças a Deus, tenho um status de jogador de futebol, onde tenho voz ativa para poder falar e dar força para outras pessoas que sofrem de racismo ou outro tipo de preconceito”, declarou Gérson em vídeo divulgado pelo Flamengo.
Gerson chegou a delegacia acompanhado de seu advogado e do vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, por volta das 10 horas da manhã. De acordo com a DECRADI, vídeos e áudios foram entregues pelo dirigente e encaminhados à perícia.
“O Flamengo está aqui, junto do Gerson, assim como está sempre junto de todos os atletas do Flamengo apoiando esse momento. O Gerson cumpriu seu papel de cidadão, apresentou a representação e agora a questão está entregue à Justiça, e esperamos que a Justiça seja feita”, disse Dunshee.
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