O mandato do atual presidente, Ednaldo Rodrigues, encerra em março de 2026. Para oficializar sua candidatura, Ronaldo precisará do apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes, conforme as regras da entidade. Apesar das insatisfações pontuais com a gestão de Ednaldo, nenhuma federação se declarou como oposição aberta, o que reforça a necessidade de articulação do ex-jogador.
O desafio do apoio das federações
O sistema de votos da CBF atribui maior peso às federações estaduais, que possuem três votos cada, enquanto os clubes da Série A têm dois votos e os da Série B, apenas um. Isso torna crucial o apoio das federações para uma candidatura vitoriosa.
Ronaldo busca se diferenciar por meio de um projeto de modernização da gestão, utilizando sua experiência internacional e prestígio como ex-jogador da Seleção Brasileira. Apesar disso, ele evita associações com figuras controversas do passado da CBF, como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, que podem trazer mais prejuízos do que benefícios à sua campanha.
Relacionamento com clubes e desvinculação do Valladolid
Com a venda iminente do Valladolid, clube espanhol que pertence ao Fenômeno, Ronaldo se aproxima de uma condição indispensável para concorrer à presidência da CBF. A legislação do futebol brasileiro é clara ao proibir que o presidente da entidade tenha vínculos diretos com clubes.
Além disso, seu histórico como proprietário da SAF do Cruzeiro permite um relacionamento mais próximo com os dirigentes dos clubes, o que pode facilitar a construção de alianças. O ex-jogador vê na atual fase da Seleção Brasileira e na necessidade de modernização do futebol nacional uma oportunidade para consolidar sua candidatura.
A mensagem de Ronaldo Fenômeno
“O momento ajuda, é uma oportunidade. Me sinto preparado para novos desafios. Vamos ver no que vai dar. Se eu tiver a chance, oportunidade de concorrer em uma eleição justa, estarei preparado para assumir esse desafio”, declarou Ronaldo durante um evento recente no Maracanã.
O Fenômeno se coloca como um candidato disposto a trazer evolução ao sistema, mas sem adotar uma postura de ruptura, reconhecendo a necessidade de manter o equilíbrio político para conquistar apoio e viabilizar sua campanha.