Em dezembro de 2019, a peso pena Bia Ferreira conquistou o Mundial de Boxe, na Rússia, título inédito entrre as mulheres no boxe – Divulgação/CBBoxe
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Desde 2016 morando em São Paulo (SP), Bia Ferreira vinha treinando no Centro de Treinamento da capital, junto com a seleção nacional de boxe. Após o fechamento do espaço por conta da pandemia, a casa da família em Juiz de Fora (MG) tornou-se o espaço ideal para a pugilista se manter em atividade.
“Sempre tive bastante material de boxe. Corda, luva, manopla. E uma empresa de material esportivo me ajudou enviando sacos de pancada. A parte mais difícil é a musculação, às vezes pegamos um bujão de gás vazio, vamos adaptando. Mas na parte técnica o grande negócio é ter um treinador para puxar o ritmo”, detalha a boxeadora da categoria até 60 quilos.
E quem vem desempenhando a função é o responsável por despertar em Bia a paixão pelo boxe. O pai, Raimundo Ferreira, também conhecido como Sergipe. “Não dá para deixar cair. Ela vinha muito bem. O foco continua. Ela vai voltar à seleção, no mínimo, a 90%. Não pode ser menos que isso. Eu cobro. Sou nojento. Sou chato. Não tem para onde correr. Mas hoje ela é muito consciente. Nosso foco é vencer. A medalha olímpica é o sonho dela e de toda a família”, afirma o treinador coruja.
Atleta baiana faturou a medalha de prata na categoria até 60 kg durante a sétima edição do Jogos Mundiais Militares, em Wuhan (China) – Rodolfo Vilela/Ministério da Cidadania
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“Meu pai é a minha grande inspiração. Depois que eu fui para a seleção, a gente tem poucas chances de trabalhar junto. Mas é bem bom. São gerações diferentes, uma passando experiência para a outra. Temos uma conexão diferenciada. Mas não tem essa de aliviar não. Quando tem que bater, a gente bate. Mas é claro que tudo dentro do respeito e da segurança do esporte, bem profissional”, complementa a atleta.
O boxe foi uma das modalidades mais impactadas pela pandemia da covid-19. O Pré-Olímpico Europeu, por exemplo, teve que ser cancelado durante a realização em Londres. Já o classificatório americano, programado para 26 de março, foi adiado para 2021, mas a data permanece indefinida. Com isso, a brasileira ainda não sabe os passos que terá de trilhar para chegar à medalha em Tóquio.
“É uma regra nova. A Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) se desvincularam. Por isso, a Olimpíada, organizada pelo COI, não reconhece os resultados do Mundial. Mas já lutei contra quase todas as adversárias. Venho de uma preparação intensa. Tenho muita confiança que vou carimbar logo o passaporte para Tóquio e trazer uma medalha para toda a torcida brasileira”, conclui, cheia de entusiasmo.
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