O governo federal estuda implementar uma busca ativa para localizar aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que ainda não solicitaram o reembolso. A medida foi anunciada pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, nesta quarta-feira (12).
Segundo o ministro, a iniciativa pode incluir visitas a comunidades quilombolas, ribeirinhas e pessoas com mais de 80 anos, que enfrentam dificuldades para acessar agências ou utilizar o aplicativo Meu INSS. “A gente pode ver se faz uma busca ativa para comunidades quilombolas, ribeirinhas, pessoas com mais de 80 anos, que a gente julga que têm alguma dificuldade de encontrar as agências e de entrar no aplicativo Meu INSS”, explicou.
Em entrevista a emissoras de rádio, Wolney destacou que essa operação deve ocorrer apenas no final do prazo estabelecido para o pedido de ressarcimento. O governo teme que a antecipação possa abrir brechas para fraudes. “Vamos deixar isso mais por finzinho, só com essa franja que ficar para o final do atendimento”, afirmou o ministro.
Prazo prorrogado
O prazo para solicitar o ressarcimento foi prorrogado até 14 de fevereiro de 2026. Inicialmente, o período terminaria em 14 de novembro deste ano. A decisão amplia o tempo para que aposentados e pensionistas possam recuperar valores descontados de forma irregular.
Até agora, cerca de 3,7 milhões de beneficiários já receberam os reembolsos, totalizando aproximadamente R$ 2,5 bilhões. O governo calcula que cerca de 9 milhões de pessoas foram afetadas pelos descontos e ainda podem pedir a devolução dos valores.


















