Seja qual for o caminho que a Humanidade decida seguir, uma coisa é certa: a estrada não será a mesma.

Todos os grandes eventos do mundo têm a capacidade de nos mudar. Cada guerra, cada pandemia, cada episódio climático, são frutos que produzimos para uma evolução necessária.

Fonte: Fabiano de Abreu

800x450crop60 20200529 5ed1656b70bab

Seja qual for o caminho que a Humanidade decida seguir, uma coisa é certa: a estrada não será a mesma. A caminhada da nossa espécie faz-se por estradas que nos colocam constantemente à prova.

Todos os grandes eventos do mundo têm a capacidade de nos mudar. Cada guerra, cada pandemia, cada episódio climático, são frutos que produzimos para uma evolução necessária.

Num dia tudo está normal, no outro tudo desaparece. E, quando abrimos a porta, o mundo que nos espera já não é mais o mesmo. É a força da impermanência nos mostrando que somos mortais.

A pandemia que vivemos neste exato momento é mais um desses acontecimentos que têm o poder de mudar e moldar o nosso mundo.

[Continua depois da Publicidade]

É um desses momentos que traz à superfície o melhor e o pior da humanidade.

É um desses momentos em que o homem é invadido e dividido por sentimentos duais.

A SOLIDARIEDADE E A COMPAIXÃO BATEM DE FRENTE E ESTRONDOSAMENTE COM UM DOS NOSSOS EXTINTOS MAIS PRIMÁRIOS: SOBREVIVER!

Vivemos provavelmente a maior mudança presenciada por esta geração e o mais assustador de tudo é que netendemos que nos falta tempo!

Tempo para viver, para decidir, e estruturar!

Tudo deve ser decidido no agora, na emergência que a situação acarreta.

A sociedade que reclama da falta de tempo, efetivamente não o tem agora!

Nossas vidas estão estagnadas!

O mundo que não dormia é obrigado a adormecer enquanto a batalha ocorre no silêncio das cidades vazias.

Silêncio apenas quebrado pelo som das sirenes que nos adoecem no medo e no pânico que nos assola a alma: Terá sido mais uma perda? Mais um soldado?

Sentimento que rapidamente se transforma numa alegria envergonhada de vibrar por felizmente não ter sido um dos nossos a morrer.

[Continua depois da Publicidade]

Por agora resistimos. Como é cruel o pensamento humano.

Na clausura das nossas casas resta-nos imaginar quantos dos nossos vão sucumbir a essa crise, mas sempre com aquela esperança de que a humanidade não irá perecer.

CONTUDO, QUANDO A POEIRA ASSENTAR, O SOL NÃO VAI BRILHAR IGUAL.

As mudanças serão inevitáveis.

Há uma fenda aberta entre o que fomos e o que seremos.

Culturalmente, politicamente, economicamente, globalmente haverá um antes e um depois.

O mundo conectado em rede, a era da informação, do acesso rápido aos conteúdos, o mundo global que quando posto à prova teve que se recolher.

A ameaça criou novamente barreiras.

As fronteiras voltam a reerguer-se e cada um se sente infinitamente mais seguro na diminuição da escala.

Ora, temos a certeza de que não estamos divididos em países e distrito, a nossa cidade, a nossa freguesia, a nossa casa. Somos todos habitantes de um mesmo planeta. Mas para nos salvarmos e salvarmos os outros temos que reconhecer a nossa individualidade.

Escolher o melhor caminho a seguir, depois que o vírus for erradicado, é a nossa maior tarefa!

Agora a humanidade tem portanto dois caminhos: ou acumula ou partilha.

Cada descoberta pode salvar vidas em todo o mundo mas, para isso, não podemos deixar que a iminência do perigo nos cegue.

O MOMENTO É PROPÍCIO PARA A QUEBRA DA CONFIANÇA OU PARA O REFORÇO DELA. CABE A CADA UM DECIDIR.

Enquanto humanos, temos finalmente um momento de introspecção. Climaticamente conseguimos ver que em pouco tempo o mundo mudará! Sejamos mais conscienciosos.

Economicamente vemos que há diferentes opções de trabalho. Podemos repensar formas mais libertadoras e mais rentáveis.

As empresas vão descobrir que o home office pode ser uma ótima opção para a nova era e para o momento atual da economia mundial.

A distribuição do investimento terá que ser repensada. Afinal um sistema de saúde saudável é mais necessário do que equipamentos de guerra. Essa constatação já é um caminho a se seguir!

CONTUDO, APRENDEMOS QUE NEM SEMPRE O INIMIGO É O QUE DISPARA UMA ARMA.

Vivemos acima de tudo uma experiência social alargada.

É TEMPO DE REFLETIR O QUE PERMITIMOS FAZER, O QUE FAZEMOS E COMO DECIDIREMOS RESPONDER A UMA CRISE COMO ESTA.

Seja qual for o caminho que a Humanidade decida seguir, uma coisa é certa: a estrada não será a mesma.

*Colaboração da arqueóloga Joana Freitas.

Sobre o autor do texto: Dr. Fabiano de Abreu
Registro e currí­culo como pesquisador: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558

Facebook:https://www.facebook.com/FabianodeAbreuOficial/
Instagram:https://www.instagram.com/fabianodeabreuoficial/
Twitter:https://twitter.com/fabianodeabreur

instagramfabiano 1

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.