É necessário, antes de mais nada, saber diferenciar a razão de nossa existência, das fantasias criadas pelos nossos desejos

Fonte: Fabiano de Abreu

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É necessário, antes de mais nada, saber diferenciar a razão de nossa existência, das fantasias criadas pelos nossos desejos.

Nós, a todo momento, criamos fantasias que visam uma realidade ficcional, e apenas as publicar em nossa rede social, não faz com que as concretizemos de fato.

Muitas vezes, nossos desejos ultrapassam o bom senso e passamos a fantasiar um cotidiano que vai muito além da nossa verdadeira necessidade, passa pelo conforto, chega ao luxo e atinge a ostentação.

A verdadeira razão de nossa existência é a sobrevivência e a perpetuação da espécie; e a isso estamos condicionados. Por isso, diariamente estamos a rodar um programa impresso em nosso código genético.

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A prova disso, são as disfunções neuronais que provocam doenças mentais, já que o nosso organismo utiliza as mesmas funções instintivas para funções inventadas por nós que nos molda a nossa sociedade pós moderna.

As fantasias que criamos e a nossa incapacidade de aceitar a realidade

Ansiedade, agonia, transtornos, tristezas, insuficiência, entre outros sentimentos que nos afetam, a maioria, foi inventado por nós, ou é resultado da nossa falta de capacidade em lidarmos com uma realidade natural.

A pandemia nos mostrou isso, mas nem todos conseguiram enxergar que não somos máquinas, não somos superiores, não somos nossos objetos. Somos humanos, frágeis e orgânicos.

Para nos proteger e para não deixar essa nossa “fragilidade” destruir a espécie humana, desenvolvemos a inteligência. O nosso cérebro é e sempre será a melhor ferramenta para sobrevivermos e evoluirmos, já que temos um corpo frágil, mas aproveitamos bem as vantagens de sermos bípedes.

O NOSSO SOFRIMENTO SURGE DA PERCEPÇÃO QUE TEMOS DA REALIDADE; E ESTA ADVÉM DA RAZÃO, QUE VÊM DA CONSCIÊNCIA.

Localizada no lobo pré-frontal, região do uso da inteligência emocional, da cognição e de todas as suas funções executivas, é responsável pelas escolhas e decisões que tomamos, baseadas nos julgamentos e interpretações que fazemos.

Nosso desafio é ter paciência, sermos racionais e criarmos estratégias para o presente, já que o futuro, como diz a cultura popular, a “Deus pertence”.

Não digo para parar de pensar no futuro, mas para criar metas possíveis e alcançáveis. Quando criamos planos críveis começamos a liberar a dopamina necessária que produz o humor que nos impulsiona e nos motiva a seguir adiante.

Se não tivéssemos a dopamina (hormônio da recompensa), não teríamos o prazer da conquista, então, não buscaríamos nada novo, nem teríamos força de vontade para seguir adiante. Simplesmente não teríamos disposição para nada, nem mesmo comer.

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Se não nos sentíssemos ansiosos não nos levantaríamos para buscar coisas novas, e não liberaríamos dopamina. Mas estamos usando esses componentes de forma diferente da necessidade real que é sobreviver, e garantir a perpetuação da espécie. Estamos liberando a todo o tempo, pois vivemos fantasiando com excesso novas conquistas, muitas, irrelevantes. E esse desejo descontrolado acaba aumentando a nossa ansiedade que passa a liberar mais dopamina, e acabamos chegando a um ponto de desequilíbrio: o vicio.

O que acontece é que nosso organismo não diferencia a nossa necessidade real, daquela criada por nós, por nossos desejos e fantasias, e acaba fabricando componentes químicos da mesma maneira.

A solução

Devemos fazer um bom uso das ferramentas que todos temos disponíveis e cultivar a paciência, alimentar a inteligência, a observação, fazer uma boa avaliação sobre os próprios desejos, praticar a solidariedade, sentir compaixão, desenvolver uma visão de futuro, preservar a esperança e fazer o que é possível com a responsabilidade necessária que este momento exige.

Se a sua preocupação hoje é que a sua empresa não vai bem, o excesso de preocupação fará com que outra área da sua vida seja afetada também: a sua saúde como vai?

Sem saúde não há empresa, não há família feliz, não há vida que se sustente.

A empresa, os bens materiais, são importantes, mas não são a sua vida, ela poderia te dar condições de saciar os seus desejos e de implementar as suas fantasias mais secretas, mas a empresa não vai te devolver a saúde, porém, as preocupações que ela te causa, podem fazer com que você a perca para sempre.

O FALIDO SE REERGUE, O FALECIDO NÃO!

A questão hoje é se preparar para se reinventar, seja no trabalho ou nos pensamentos.

Se recicle, se reinvente, pense com bom humor, se apoie, se acolha e principalmente, coloque em prática sonhos possíveis, prefira a simplicidade, e cresça continuamente sentindo gratidão pelo que você já conquistou, e pela sua vida.

Mire no exemplo da natureza, foque no que te faz bem, se alimente bem, faça exercícios, leia bastante, aprenda e compartilhe o conhecimento, a razão da sua existência depende disso, depende de quanto bem você faz a si mesmo e aos outros.

Esse mero detalhe te levará a uma sensação de bem-estar indescritível, melhor do que qualquer fantasia que você já teve na vida.

Sobre o autor do texto: Dr. Fabiano de Abreu

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Bio Fabiano coluna

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.