Ame com uma pitada de paixão e se apaixone com um punhado de amor!

As paixões são viscerais, avassaladoras. Mexem com nosso estado de espírito, nos tiram da zona de conforto e nos fazem agir em direção a uma nova conquista.

Fonte: Fabiano de Abreu

800x450crop60 20200529 5ed15eed20c26
Reprodução / MF Press Global

Amor é linear, contínuo, segue o fluxo dos sentimentos mais nobres que cultivamos dentro de nós. É aceitação, doação, entendimento, perdão! É receber e ser recebido no ambiente interno do outro.

As paixões são viscerais, avassaladoras. Mexem com nosso estado de espírito, nos tiram da zona de conforto e nos fazem agir em direção a uma nova conquista.

Tem quem goste justamente disso, desses sobressaltos da paixão.

Há quem se excite com essa sensação de montanha-russa que faz sentir o coração quase sair pela boca.

[Continua depois da Publicidade]

Quem viveu uma tempestade emocional sabe o quanto isso mexe com a vida de uma pessoa, para o bem e para o mal. Marca a ferro e fogo! E fica difícil esquecer as dores que esse falso amor causou.

Alguns traços doentios aparecem em relações marcadas pela paixão arrebatadora, são eles:

1- Quando apaixonada a pessoa sente que o outro, alvo do seu desejo, é sua posse.

2- Ela deseja dominar e controlar cada passo e ação do outro, “estauqueando” as suas redes sociais, frequentando os locais que ela costuma frequentar, abordando amigos em comum, e assim por diante. Formando um cerco em volta do seu “objeto” de desejo.

3- Ela muda seus hábitos, seus gostos, seu estilo, suas preferencias, para chamar atenção do outro, ou para se moldar ao modo de vida do outro, tudo para tentar conquista-lo e agradá-lo.

4- Ela não consegue pensar em outra coisa e nem em outra pessoa! A relação vira uma espécie de obsessão.

5- A atração física é muito mais evidente do que a atração intelectual.

Deixemos claro que todo relacionamento tem seu início com uma paixão! Seja ela “arrebatadora e visceral”, seja moderada e romântica advinda de outros interesses em comum.

A atração acontece mutuamente e as duas pessoas se juntam para gozar desse instinto que os atraem.

Mas essa relação só se solidificará quando o fruto do amor amadurecer a ponto de ser consumido sem que haja qualquer indigestão.

[Continua depois da Publicidade]

Ou seja, uma paixão que se sustenta apenas no desejo carnal, no interesse financeiro, ou em situações que, não necessariamente, são marcadas pela vontade de consagrar um futuro juntos, pode causar desconfortos e inseguranças.

Uma pessoa que muda a própria personalidade a cada nova paixão que aparece é uma pessoa totalmente vazia, que se preenche do outro, do que o outro é, do que o outro faz, do que o outro gosta.

E quando ela se apaixona, ela vive o efeito montanha-russa justamente porque não consegue entender suas próprias emoções e sentimentos, e também pela busca incessante em tentar agradar o outro, em tentar descobrir o que precisa fazer para conquistá-lo.

Muitas vezes, essa pessoa ainda não descobriu o que quer, mas o que não quer, ela já sabe.

Ela acaba tentando se alinhar as expectativas do outro, tenta mudar uma coisa ou outra, mas tudo isso prova a sua falta de personalidade, o que acaba afastando o seu alvo, que se decepciona ao perceber essa sua imaturidade emocional.

Como viver uma paixão saudável a ponto dela se transformar em amor

A paixão aconteceu, ambos estão sentindo uma eletricidade no ar. É notório que estão vivendo uma atração arrebatadora, mas isso basta para um relacionamento se desenvolver?

De fato, não, mas é um início.

Para que esta atração se desenvolva para um relacionamento onde o amor impera, é necessário que a relação esteja sendo construída com base na verdade, ou seja, ambos devem ser autênticos e honestos.

Deve-se tomar cuidado com o personagem que se cria no início da paixão.

Esse personagem pode não se sustentar nos sucessivos encontros e assim que a máscara cair, a paixão se dissolve, escorrendo ralo a baixo.

O amor é adaptável e se molda conforme as revelações que surgem com a verdade de cada um, se constrói mais forte com as críticas que recebe e se equilibra ao tentar se ajustar com doses certas de paixão e cumplicidade.

O amor é o equilíbrio entre a paixão e a verdade. É saber voltar atrás e pedir perdão, ou seja, é reconhecer que errou, é saber perdoar e reconhecer que ninguém é perfeito, nem você.

Uma paixão baseada em mentiras e personagens fantasiosos impacta nossa vida de um modo negativo, e pode se transformar em um tremendo transtorno. Drenando toda a nossa energia e roubando a nossa paz. Paixões altamente euforizantes têm a mesma força depressiva.

PARA QUE O AMOR SE INSTAURE PERMANENTEMENTE EM UM CASAL É PRECISO QUE HAJA RECIPROCIDADE E RESPEITO A INDIVIDUALIDADE.

Duas pessoas não precisam gostar das mesmas coisas, fazer as mesmas coisas, ir aos mesmos lugares para se amarem e viverem um relacionamento duradouro, pelo contrário, o amor só sobrevive quando existem duas pessoas completas, e não duas metades tentando se escorar uma na outra.

Hoje você vive uma paixão ou um amor? Saberia identificar a diferença?

Sobre o autor do texto: Dr. Fabiano de Abreu
Registro e currí­culo como pesquisador: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558

Facebook:https://www.facebook.com/FabianodeAbreuOficial/
Instagram:https://www.instagram.com/fabianodeabreuoficial/
Twitter:https://twitter.com/fabianodeabreur

instagramfabiano 1

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.