Trilha Amazônia Atlântida será a maior da América Latina na COP30

A Trilha Amazônia Atlântida, com quase 460 km, será inaugurada durante a COP30 em Belém, oferecendo turismo sustentável e conexão com comunidades locais.

Fonte: CenárioMT

Trilha Amazônia Atlântida será a maior da América Latina na COP30
Trilha Amazônia Atlântida será a maior da América Latina na COP30 - Foto: Diego Barros/MMA

Durante a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, será inaugurada a Trilha Amazônia Atlântida, considerada a maior trilha da América Latina, com quase 460 quilômetros atravessando o estado do Pará. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a sinalização e estruturação da rota estão em fase final, integrando ações que promovem conservação ambiental, geração de empregos e lazer.

O primeiro ano da trilha deve receber cerca de 10 mil visitantes, que poderão percorrer o trajeto a pé ou de bicicleta. O caminho passa por sete unidades de conservação: reservas Extrativista Marinha Tracuateua, Caeté-Taperaçu, Araí-Peroba e Gurupi-Piriá, Área de Proteção Ambiental Belém, Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia e Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna.

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A rota também cruza seis territórios quilombolas, incluindo Torres, América, Pitimandeua, Macapazinho, Santíssima Trindade e Macapazinho, fortalecendo o turismo e a valorização cultural das comunidades.

O percurso será totalmente sinalizado e contará com mapas, orientações e apoio de moradores locais e prestadores de serviços capacitados. Por meio do aplicativo e plataforma digital, os visitantes poderão localizar e contatar fornecedores de serviços próximos à trilha.

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O traçado foi planejado para causar o menor impacto ambiental possível, garantindo a circulação da fauna e oferecendo uma experiência de turismo sustentável. A trilha faz parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas), do governo federal.

Segundo Pedro Cunha e Menezes, diretor do Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, a interligação das unidades de conservação cria corredores florestais usados tanto para recreação quanto para a fauna se movimentar.

O trajeto permite que os visitantes conheçam o modo de vida de comunidades extrativistas, como coletores de caranguejo, exploradores de babaçu, pequenos agricultores e pescadores, além de áreas de florestas, manguezais e campinas.

Os municípios contemplados incluem Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Isabel do Pará, Castanhal, Inhangapi, São Francisco do Pará, Igarapé-Açu, Santa Maria do Pará, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Capanema, Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu.

O projeto resulta da colaboração entre comunidades tradicionais, voluntários, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turismo, Embratur, ICMBio, Ideflor-Bio e Conservação Internacional.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada.