À medida que as negociações entram na fase decisiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, pediu que os países alcancem um entendimento conjunto em favor do planeta. Ele ressaltou que o cenário exige cooperação e que os resultados não devem ser vistos como vitória ou derrota entre delegações.
O embaixador destacou que, apesar das dificuldades para transformar compromissos em ações, o consenso fortalece o sistema climático internacional. Segundo ele, uma percepção de divisão persiste entre negociadores, mas a presidência busca reduzir esse quadro com transparência e soluções reais apresentadas pelas delegações.
Corrêa do Lago afirmou que três metas centrais da presidência brasileira devem ser atingidas: reforçar o multilateralismo, aproximar os debates da vida das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris, que orienta a redução de emissões globais e a limitação do aquecimento a 1,5ºC.
Ele ressaltou ainda que sediar o evento em Belém, no coração da Amazônia, reforçou a mensagem sobre a necessidade de preservar o bioma. O embaixador afirmou que a escolha do local ampliou a compreensão internacional sobre a relação entre natureza e clima.
Incêndio
Durante a sessão plenária informal, Corrêa do Lago também mencionou o incêndio que atingiu parte dos pavilhões no dia anterior. Ele disse que, apesar dos impactos, a mobilização coletiva mostrou solidariedade e profissionalismo, servindo de exemplo para o espírito de cooperação necessário nas negociações finais da conferência.
Para o presidente da COP30, a rápida contenção do fogo evidenciou a vulnerabilidade compartilhada e a capacidade de ação conjunta em momentos críticos, reforçando a importância da união entre países na busca por soluções climáticas.


















