Cada vez mais brasileiros usam o crédito digital para facilitar o dia a dia, mas nem sempre conhecem as tarifas aplicadas. Como aproveitar as vantagens sem cair em armadilhas?
A cada dez brasileiros, sete sentem comodidade em contratar produtos financeiros por meios digitais. O crédito digital vem conquistando espaço, tornando a burocracia coisa do passado e colocando o poder de decisão literalmente na palma da mão. Com poucos cliques, é possível solicitar cartões, fazer empréstimos e até parcelar compras via Pix. Mas, com tanta facilidade, surge um desafio: será que todo mundo está realmente atento ao custo dessa comodidade?
A tecnologia já transformou a forma como compramos, nos comunicamos e agora também como gerenciamos nosso dinheiro. A evolução do crédito digital mostra que o brasileiro quer agilidade, menos papelada e mais autonomia na tomada de decisões financeiras. De acordo com um estudo recente, 65% dos consumidores se sentem confiantes para gerir suas finanças pelos aplicativos dos bancos e instituições financeiras.
E não é difícil entender o porquê. Com a correria do dia a dia, quem quer enfrentar filas ou perder tempo com processos complicados? Hoje, é possível contratar um cartão de crédito, simular um empréstimo e até conseguir um limite extra para aquela emergência sem sair de casa.
Mas com tantas facilidades, um dado chama a atenção: apenas 36% dos entrevistados souberam responder qual foi a taxa de juros aplicada no último crédito que contrataram. Isso significa que a maioria das pessoas está utilizando os serviços financeiros sem entender totalmente os custos envolvidos.
Entre as opções de crédito mais utilizadas, o cartão segue como o favorito de 89% dos consumidores. No entanto, uma nova opção está crescendo rapidamente: o Pix parcelado.
Em apenas dois meses, 53% dos entrevistados aderiram a essa modalidade. A promessa é bem simples, e muito tentadora: poder dividir pagamentos sem precisar de um cartão de crédito.
Mas é aí que mora o perigo. Nem sempre o consumidor percebe que os juros do Pix parcelado podem ser semelhantes ou até maiores do que os juros do rotativo do cartão. Sem a devida atenção, o que parecia ser uma solução pode acabar virando uma dor de cabeça financeira.
As instituições financeiras tradicionais ainda dominam produtos como cheque especial, empréstimos consignados e financiamentos, mas as fintechs e os bancos digitais estão crescendo e mudando o jogo. Com ofertas personalizadas e experiências mais dinâmicas, o consumidor tem mais opções e autonomia para escolher.
O que dizem os especialistas sobre o crédito digital?

Os especialistas do setor apostam que, até 2025, o crédito digital será ainda mais ágil e orientado por dados. A Inteligência Artificial deve ter um papel fundamental nessa evolução, ajudando os bancos a entender melhor o perfil do consumidor e oferecer soluções mais eficientes e transparentes.
Diante de tantas possibilidades, o maior desafio é saber como aproveitar o crédito digital sem cair em armadilhas. Algumas dicas podem ajudar:
- Leia sempre as taxas e condições antes de contratar qualquer serviço financeiro.
- Evite parcelamentos desnecessários e, se precisar, compare as taxas antes de decidir.
- Mantenha um controle financeiro para garantir que as parcelas cabem no seu orçamento.
- Use a tecnologia a seu favor. Aplicativos de bancos e carteiras digitais oferecem ferramentas que ajudam a organizar os gastos e evitar surpresas.
O crédito digital veio para ficar e pode ser um grande aliado na vida financeira. Mas, como tudo na vida, ele exige responsabilidade e planejamento. É preciso saber usar com sabedoria o mundo financeiro que está na palma da mão.