TCE suspende processos seletivos de escolas cívico-militares em São Paulo

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo determinou a paralisação dos processos seletivos para monitores do Programa Escola Cívico-Militar, alegando possíveis irregularidades.

Fonte: CenárioMT

TCE suspende processos seletivos de escolas cívico-militares em São Paulo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) ordenou a suspensão imediata dos processos seletivos conduzidos pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para contratar monitores do Programa Escola Cívico-Militar.

A decisão, tomada de forma unânime nesta quarta-feira (3), foi motivada por uma representação de deputados e vereadores que apontaram possíveis irregularidades no Edital nº 2/2025.

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Segundo o relator, Renato Martins Costa, a medida se justifica pela preocupação de que as contratações poderiam se tornar permanentes, contrariando a exigência de temporariedade prevista na Constituição Federal. O TCE também destacou a necessidade de comprovar que as despesas estejam compatíveis com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Entre os principais pontos questionados estão a ausência de previsão orçamentária, a contratação temporária sem justificativa de excepcionalidade, a não realização de concurso público e a criação de cargos comissionados”, afirmou o TCESP em nota.

Com a decisão, a Secretaria de Educação deve interromper todos os processos seletivos em andamento e suspender a publicação de novos editais até que o tribunal se manifeste novamente.

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Embora a suspensão temporária paralise a implantação do programa no estado, ela não extingue o Programa Escola Cívico-Militar. O relator ressaltou que a corte não julga a constitucionalidade da lei do programa, atualmente analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas atua no controle da legalidade administrativa e financeira do Executivo.

Além disso, o TCE solicitou que a Secretaria da Educação forneça detalhes sobre os editais publicados, a fase de cada processo e os gastos previstos ou realizados, com prazo de dez dias úteis para envio das justificativas.

O governo estadual informou que ainda não foi notificado da decisão.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.