Quando o cenário político esquenta, muitos investimentos ficam instáveis. Mas tem um que continua firme: o setor imobiliário. Com rendimento atrelado à inflação, risco menor e fluxo de caixa constante, imóveis — sejam físicos ou por meio de fundos — se consolidam como o verdadeiro porto-seguro em períodos turbulentos.
Imóveis: um sobe-e-desce bem mais tranquilo
Nos últimos cinco anos, enquanto o Ibovespa oscilava com uma volatilidade de 25,5% ao ano, o índice IFIX (que representa os fundos imobiliários) se manteve muito mais estável, com apenas 8,7% de volatilidade anual. Segundo relatório da XP Investimentos, em momentos de crise, os fundos imobiliários costumam oscilar apenas um quarto do que as ações variam — o que é excelente para quem quer dormir tranquilo.
Ganhos reais, protegidos pela inflação
Diferente de outros ativos, os aluguéis — sejam de imóveis residenciais, corporativos ou por meio de fundos — são reajustados por índices inflacionários como IPCA ou IGP-M.
Prova disso é que o Índice FipeZap Residencial registrou alta de 7,97% em 12 meses até abril, superando a inflação oficial do período. Já o IVAR/FGV, que mede a evolução dos aluguéis residenciais, apontou um ajuste de 8,63% em dezembro de 2024.
Ou seja: enquanto outros investimentos tremem diante da queda da Selic, o setor imobiliário continua entregando reajustes consistentes, protegendo o investidor.
Investimento com cara de cofre
Imagine trocar a dor de cabeça de procurar inquilinos, lidar com manutenção e inadimplência, por uma suíte decorada, com escritura no seu nome, que gera renda sem que você precise fazer nada.
Esse é o modelo dos condo-hotéis: você compra a unidade, e uma operadora hoteleira profissional cuida de tudo — check-in, limpeza, marketing e gestão. O resultado? Renda mensal vinda das diárias, que muitas vezes superam o retorno de um aluguel comum.
Ou seja: você ganha hoje e ainda pode lucrar mais amanhã. Sem trocar lâmpada. Sem perder tempo.
Conclusão: na crise, o tijolo se mantém firme
Enquanto Brasília ferve e a Bolsa balança, o investimento em imóveis segue sólido.
Estratégias recomendadas por especialistas indicam alocar entre 15% e 25% da carteira nesse setor, seja por imóveis físicos ou fundos imobiliários (FIIs). Isso ajuda a reduzir o estresse, preservar seu poder de compra e manter o rendimento constante, mesmo em meio às instabilidades.
O tijolo não é milagre — mas, quando o tempo fecha, ele continua sendo o bom e velho guarda-chuva dos investidores inteligentes.