Governadores pedem mais tempo para discutir PL Antifacção

Líderes estaduais de oposição solicitaram à Câmara dos Deputados mais 30 dias para debater o Projeto de Lei Antifacção, alegando necessidade de aprofundar o diálogo sobre segurança pública.

Fonte: CenárioMT

Governadores pedem mais tempo para discutir PL Antifacção
Governadores pedem mais tempo para discutir PL Antifacção - Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Governadores de oposição solicitaram nesta quarta-feira (12) mais 30 dias para discutir o Projeto de Lei Antifacção, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. O pedido foi feito durante reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta, por Claudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Ronaldo Caiado (GO) e pela vice-governadora Celina Leão (DF).

De acordo com os governadores, Motta se comprometeu a levar o pedido de adiamento aos líderes das bancadas. O projeto, de autoria do governo federal e relatado pelo deputado licenciado Guilherme Derrite, estava previsto para votação ainda nesta quarta-feira.

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Mais tempo para diálogo

Cláudio Castro afirmou que o encontro não tratou do conteúdo do texto, mas da necessidade de ampliar o prazo de discussão. Ele destacou que o presidente da Câmara demonstrou sensibilidade ao pleito e prometeu dialogar com o relator e os líderes partidários. A proposta é que o debate envolva governadores, secretários e operadores da segurança pública, além dos senadores, para acelerar futuras tramitações.

Jorginho Mello reforçou a importância de incluir representantes de todos os poderes na conversa, enquanto Celina Leão destacou que a análise do projeto precisa contemplar temas como a segurança das mulheres. Segundo os governadores, o ideal seria votar o texto entre 10 e 15 de dezembro, evitando impacto nas discussões orçamentárias e o adiamento para o próximo ano eleitoral.

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Divergências e ajustes

O Projeto de Lei Antifacção tem gerado divergências entre parlamentares. O relator Guilherme Derrite chegou a sugerir que operações da Polícia Federal precisassem de autorização dos governadores, mas recuou da proposta, garantindo que as competências da PF serão mantidas.

Integrantes do governo federal e da Polícia Federal haviam alertado que essa medida seria inconstitucional. Também foi descartada a possibilidade de equiparar facções criminosas ao terrorismo, o que poderia afetar a soberania nacional. Os governadores afirmaram que não trataram desse ponto específico durante o encontro.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.