O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira (6) para manter a decisão da Primeira Turma que tornou o senador Sérgio Moro (União-PR) réu pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Com o voto de Zanin, o placar da votação chegou a 4 a 0 pela rejeição do recurso da defesa do senador. O único voto ainda pendente é o do ministro Luiz Fux.
O julgamento está sendo realizado de forma virtual e tem previsão de conclusão para sexta-feira (10).
Antes do voto de Zanin, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam formado a maioria para manter a decisão.
Em junho do ano passado, Moro se tornou réu no STF após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação se baseou em um vídeo no qual o ex-juiz da Operação Lava Jato comentava, em tom de brincadeira durante uma festa junina de 2022: “Isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.
Outro lado
Na ocasião em que Moro se tornou réu, seu advogado, Luiz Felipe Cunha, defendeu a rejeição da denúncia, argumentando que o senador já havia se retratado publicamente.
“Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina.”