Durante sessão plenária nesta quarta-feira (12), o deputado estadual Dr. João (MDB) voltou a criticar a ausência de diálogo entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Segundo o parlamentar, o secretário Gilberto Figueiredo e sua equipe não responderam a dois requerimentos solicitando a planta baixa do Hospital Central de Alta Complexidade, documento indispensável para a tramitação de um projeto que nomeia alas e ambientes da unidade.
Relator do Substitutivo Integral nº 2 ao Projeto de Lei nº 717/2020, Dr. João explicou que a proposta busca homenagear profissionais da medicina cuiabana e mato-grossense, mas a falta do material técnico impede o andamento da análise. “Estamos pedindo há semanas a planta do hospital, mas não recebemos retorno. Isso demonstra falta de respeito com esta Casa de Leis”, afirmou o deputado em plenário.
O parlamentar destacou que o pedido tem caráter exclusivamente técnico e reforçou que a falta de resposta da secretaria desrespeita o trabalho legislativo. “Queremos apenas prestar homenagens de forma justa, mas precisamos das informações básicas. Transparência e diálogo são fundamentais”, completou.
Em reuniões anteriores da Comissão de Saúde, Dr. João já havia defendido que o processo de escolha dos nomes fosse democrático, com a participação dos 24 deputados estaduais. Ele ressaltou que as homenagens devem seguir critérios técnicos, considerando o perfil de cada profissional. “Dar o nome de um pediatra a um centro cirúrgico, por exemplo, não faz sentido. Por isso, a planta é essencial para definir os espaços de forma adequada”, pontuou.
O deputado reiterou ainda que a Assembleia Legislativa cumpre papel fiscalizador e colaborativo, mas que isso requer reciprocidade do Executivo. “O Hospital Central é do povo de Mato Grosso, e não propriedade de um grupo ou gestor”, concluiu.
Hospital Central em fase final
O Hospital Central de Alta Complexidade de Cuiabá está em fase final de obras e tem inauguração prevista para 19 de dezembro. A nova unidade contará com 287 leitos, UTIs pediátrica e adulta, além de estrutura moderna voltada à humanização do atendimento. A expectativa é que o hospital realize anualmente cerca de 32 mil consultas, 80 mil exames e 6,5 mil cirurgias, consolidando-se como uma das maiores referências públicas de saúde do estado.
O debate sobre transparência e gestão pública segue em destaque na ALMT. Qual sua opinião sobre o tema? Comente abaixo!














