Como proteger o Pantanal? Essa foi a pergunta central da audiência pública realizada na terça-feira (11) em Mato Grosso, em Cáceres, que resultou na aprovação da Carta do Pantanal. O documento, articulado pelo deputado Lúdio Cabral (PT) e pela Assembleia Legislativa, reúne denúncias e propostas para a preservação do bioma e será apresentado na COP 30 em Belém.
Participação coletiva e diversidade de vozes
Com o tema “Vozes do Pantanal – Rio Paraguai/Pantanal vivo”, a audiência contou com a presença de comunidades ribeirinhas, quilombolas, povos indígenas, pesquisadores, estudantes e órgãos públicos. O encontro integrou a programação da COP Pantanal, promovida pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), alinhada à agenda internacional da COP 30.
Conteúdo da Carta do Pantanal
A carta foi construída coletivamente, envolvendo quase 500 participantes, e detalha ameaças, vulnerabilidades, forças e oportunidades do Pantanal. Segundo Lúdio Cabral, a intenção é que o documento não apenas entre na agenda da COP 30, mas também oriente políticas de preservação do bioma a longo prazo. Ele destacou que o Pantanal é sensível às mudanças que ocorrem no Cerrado e na Amazônia, já que recebe águas de rios que nascem nessas regiões.
Impacto e próximos passos
- A Carta será entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, durante a COP 30.
- O documento utilizará planejamento participativo estratégico para fortalecer a defesa do Pantanal.
- Busca visibilidade para ações que envolvem comunidades, pesquisadores e órgãos públicos.
Além dos debates, a audiência incluiu apresentações culturais e rituais realizados por grupos tradicionais, como os indígenas Balatiponé e o grupo de siriri Bacuri Livramentense, reforçando o vínculo das comunidades com o Rio Paraguai e seus afluentes.
Com a Carta do Pantanal, os organizadores esperam mobilizar ações concretas para garantir a proteção integral do bioma. Comente sua opinião!
















