O mercado de mandioca registrou queda acentuada nos preços ao longo da última semana, pressionado pela intensificação da colheita e comercialização por parte dos produtores. Essa movimentação ocorre tanto como estratégia de capitalização quanto para liberação de áreas, além de ser influenciada por expectativas baixistas para o mercado. Ao mesmo tempo, a qualidade da mandioca apresentou melhora no teor de amido, favorecendo a oferta.
No entanto, a demanda segue enfraquecida, com parte das fecularias e farinheiras ainda em manutenção ou operando com capacidade reduzida. Com a oferta bem acima da procura, os preços apresentaram a maior desvalorização semanal desde março de 2024. Entre os dias 13 e 17 de janeiro, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 645,11 (equivalente a R$ 1,1376/grama de amido), representando uma queda de 6,4% em relação à semana anterior e atingindo o menor valor desde outubro de 2024.
Embora os preços estejam em retração, em termos reais (considerando o ajuste pelo IGP-DI), a média atual ainda supera em 10,3% a do mesmo período de 2024. Esse cenário reflete o impacto da dinâmica entre oferta elevada e demanda limitada, com perspectivas de ajustes conforme a retomada plena da operação industrial.