A exportação de carne bovina do Brasil deve alcançar um novo recorde para um mês de abril de 2025, segundo os dados parciais até a terceira semana do mês.
Nos primeiros dias de abril de 2025, a média diária de embarque de carne bovina in natura apresentou leve queda em relação a abril de 2024.
Porém, ao longo do mês, os embarques se recuperaram, sinalizando que uma marca inédita para abril pode ser superada.
Média diária de embarques em abril
Na parcial até a segunda semana (9 dias úteis), a média diária ficou em 10,91 mil toneladas — alta de 15,6% sobre abril de 2024 (9,44 mil toneladas).
Ao chegar à terceira semana (13 dias úteis), esse valor saltou para 12,25 mil toneladas diárias, crescimento de 29,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Recorde anterior e projeção para abril de 2025
O recorde de um mês de abril pertence a 2024, quando foram embarcadas 207,94 mil toneladas.
Nos primeiros 13 dias úteis de abril de 2025, o total alcançou 159,32 mil toneladas, ou 76,7% do volume exportado nos 22 dias úteis previstos para o mês.

Esses números reforçam a expectativa de que abril de 2025 registre a melhor performance mensal desde o início da série histórica.

Foto: Montagem
Desempenho em março e no 1º trimestre
Vale lembrar que março e o primeiro trimestre de 2025 já bateram recordes de faturamento e volume.
Em março, o Brasil exportou 215,43 mil toneladas de carne bovina in natura — alta de 27,4% sobre o recorde anterior de 2022 (169,13 mil toneladas) — e superou pela primeira vez a barreira de US$ 1 bilhão em receita mensal.

Panorama global para 2025
A projeção mundial indica que as exportações de carne bovina devem atingir o maior patamar histórico em 2025, acima de 13,0 milhões de toneladas em equivalente carcaça, de acordo com a revisão de abril.

Preços em alta
Além dos volumes, o preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil recuperou-se em abril de 2025, atingindo US$ 4,99 por kg — crescimento de 10,2% frente a abril de 2024 (US$ 4,53).

Demanda interna em recuperação
A demanda doméstica também apresentou melhora em abril, impulsionada pela retomada do consumo após o fim da Quaresma.