A colheita de soja segue acelerada no Brasil, impulsionando a liquidez no mercado spot. No entanto, pesquisadores do Cepea apontam que muitos consumidores estão evitando grandes compras no momento, apostando em uma possível queda nos preços no próximo mês, já que a safra nacional pode atingir um recorde de produção.
Enquanto no Brasil o volume colhido cresce, na Argentina e no Paraguai os números começam a apontar para uma produção menor do que as estimativas anteriores. Segundo o Cepea, o avanço das colheitas nesses países está evidenciando perdas significativas nas lavouras. O principal fator para essa redução é o déficit hídrico, que prejudicou o desenvolvimento da oleaginosa ao longo do ciclo produtivo.
Essa situação levou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a revisar negativamente sua projeção para a produção global de soja na safra 2024/25. O relatório deste mês aponta uma queda de 0,8% em relação à previsão anterior, reduzindo a estimativa para 420,76 milhões de toneladas. A maior parte dessa redução se deve aos problemas climáticos que impactaram Argentina e Paraguai.
Diante desse cenário, o mercado segue atento aos desdobramentos da colheita e às possíveis variações nos preços. No Brasil, o temor de uma grande oferta pressiona os valores para baixo, enquanto no mercado internacional a queda na produção pode limitar essa tendência de desvalorização.